São Paulo, sábado, 04 de setembro de 2010

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Gastos do governo são os únicos que se aceleram no 2º trimestre

DO ENVIADO AO RIO
DO RIO

No ano eleitoral de 2010, são os gastos dos governos federal, estaduais e municipais que mais puxam a economia proporcionalmente.
As despesas públicas correspondem a cerca de 20% do PIB (Produto Interno Bruto). E foram o único item do PIB (sob a ótica da demanda) a crescer no período de abril a junho.
"Deve ter havido uma antecipação dos gastos por conta da legislação eleitoral", afirma José Francisco de Lima Gonçalves, do banco Fator.
O consumo da administração pública aumentou 2,1% na comparação com o primeiro trimestre do ano. Já a evolução do PIB se desacelerou para 1,2% (na mesma comparação). O crescimento do consumo das famílias foi ainda menor, de 0,8%.
"Os gastos das famílias crescem menos em razão do fim dos incentivos fiscais do governo, que estavam ajudando o consumo", afirma Rebeca Palis, gerente de Contas Nacionais do IBGE.
Esse é o principal componente no cálculo do PIB pela ótica da demanda.
Em valores correntes, o consumo das famílias representa aproximadamente 60% do indicador - R$ 545 bilhões dos R$ 901 bilhões, que foi a soma de todos os bens e serviços produzidos entre abril e junho.


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