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Gastos do governo são os únicos que se aceleram no 2º trimestre
DO ENVIADO AO RIO
DO RIO
No ano eleitoral de 2010,
são os gastos dos governos
federal, estaduais e municipais que mais puxam a economia proporcionalmente.
As despesas públicas correspondem a cerca de 20%
do PIB (Produto Interno Bruto). E foram o único item do
PIB (sob a ótica da demanda)
a crescer no período de abril
a junho.
"Deve ter havido uma antecipação dos gastos por conta da legislação eleitoral",
afirma José Francisco de Lima Gonçalves, do banco Fator.
O consumo da administração pública aumentou 2,1%
na comparação com o primeiro trimestre do ano. Já a
evolução do PIB se desacelerou para 1,2% (na mesma
comparação). O crescimento
do consumo das famílias foi
ainda menor, de 0,8%.
"Os gastos das famílias
crescem menos em razão do
fim dos incentivos fiscais do
governo, que estavam ajudando o consumo", afirma
Rebeca Palis, gerente de Contas Nacionais do IBGE.
Esse é o principal componente no cálculo do PIB pela
ótica da demanda.
Em valores correntes, o
consumo das famílias representa aproximadamente
60% do indicador - R$ 545
bilhões dos R$ 901 bilhões,
que foi a soma de todos os
bens e serviços produzidos
entre abril e junho.
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