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FOCO
Programa treina profissionais para o carnaval
Milhares de pessoas serão capacitadas em bordado, decoração e percussão no RJ
Luciana Whitaker/Folhapress
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Assumpção Gomes e Ana Cláudia Trindade posam com adereços que aprenderam a fazer em cursos de profissionalização
GRAZIELLE SCHNEIDER
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Até o final deste ano,
5.000 pessoas serão treinadas no Estado do Rio de Janeiro para trabalhar na cadeia produtiva do carnaval.
O programa de qualificação, iniciado em março, é desenvolvido pela Amebras
(Associação das Mulheres
Empreendedoras do Brasil),
em parceria com uma associação de artesãos e produtores do Rio, a AART.
O objetivo do projeto, que
integra o PlanSeQ (Plano Setorial de Qualificação), do
Ministério do Trabalho, é inserir essas pessoas no mercado de trabalho. Elas são treinadas em técnicas artesanais, como bordado, decoração de alegorias e percussão.
Para Célia Domingues,
presidente da Amebras e
coordenadora do PlanSeQ no
Estado, o profissional não ficará "engessado" somente
para trabalhar nas atividades
relacionadas ao carnaval.
Mas ela destaca que esse
mercado está com necessidade "enorme" de mão de obra.
Ana Cláudia Trindade, 21,
é um exemplo de profissional
que não focará apenas o
evento. Ela pretende usar o
que está aprendendo no curso de costura para fazer uma
renda extra, além do que ganha como secretária, confeccionando e vendendo produtos, como camisetas e bolsas.
CONTRATAÇÃO
Ao final do programa,
composto por 200 horas-aula, o aluno recebe um certificado emitido pelas duas associações e pelo Ministério
do Trabalho e passa a fazer
parte do banco de oportunidades da Amebras, que faz a
ponte com os empregadores.
Assumpção Gomes, 57, já
cursou várias oficinas da associação -antes mesmo da
parceria com o governo. A
opção por trabalhar no segmento, segundo ela, foi uma
alternativa à falta de emprego. "Depois de certa idade,
não tem mais emprego", diz.
Como resultado dos cursos, foi chamada, em 2007,
para trabalhar na confecção
de fantasias para a abertura
dos Jogos Pan-Americanos,
no Rio. Atualmente, faz adereços para os carros da escola
Imperatriz Leopoldinense.
Desde o começo do ano,
4.200 alunos já fizeram as
oficinas, entre os que terminaram e os que ainda estão
em sala de aula. As 800 vagas restantes devem ser
preenchidas em outubro, segundo Domingues. Dos profissionais já capacitados, cerca de 80 foram contratados
por escolas de samba, teatros
e produtoras de evento.
No pico da demanda, segundo estimativas de escolas
de samba, cada uma das 12
escolas do grupo especial do
Rio emprega 300 pessoas,
em média, no barracão. Os
gastos totais por escola chegam a R$ 6 milhões.
O PlanSeQ do carnaval, segundo o Ministério do Trabalho, recebeu R$ 8,54 milhões.
O programa capacitará ainda
5.810 pessoas em outros sete
Estados (SC, ES, MA, RJ, RN,
RS e SP).
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