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Lula mantém Sardenberg por mais um ano à frente da Anatel
Apadrinhado de Erenice é mantido na presidência dos Correios
ANDREZA MATAIS
NATUZA NERY
DE BRASÍLIA
O presidente Lula decidiu
prorrogar por mais um ano o
mandato de Ronaldo Sardenberg na presidência da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).
Há três anos no comando
da agência, o mandato dele
se encerraria hoje. Próximo à
ex-ministra Erenice Guerra,
Sardenberg vinha negociando a permanência no cargo
diretamente com ela, o que
provocou desconforto no Ministério das Comunicações,
responsável pelas nomeações, e empurrou para a última hora sua recondução.
Ao mantê-lo no comando
da agência somente por mais
um ano, Lula dá a sua sucessora, Dilma Rousseff, a oportunidade de escolher já no final do ano que vem o novo
presidente da agência.
O presidente, no entanto,
decidiu não indicar ninguém
para a vaga do vice-presidente da agência, Antonio Bedran, cujo mandato como
conselheiro da Anatel também expira hoje.
Em conversa com o ministro José Artur Filardi (Comunicações) ontem, Lula disse
que a vaga será preenchida
por Dilma.
A Folha apurou que o
PMDB do Senado pediu a recondução de Bedran, indicado à Anatel pelo senador Hélio Costa (PMDB-MG) quando
era ministro das Comunicações. Derrotado na eleição
para o governo de Minas e
desgastado por causa da crise nos Correios, Costa não foi
atendido por enquanto.
Os nomes cotados para
ocupar a vaga de Bedran são:
César Alvares, que cuida da
agenda do presidente Lula,
André Barbosa, da Casa Civil,
e Franklin Martins, ministro
da Secretaria de Comunicação. Franklin tem dito que
não quer o cargo.
CORREIOS
Lula decidiu manter no
cargo o presidente dos Correios, David José de Matos,
também ligado a Erenice. Ele
foi indicado ao cargo por ela.
A Folha apurou que Lula
achou que não seria prudente tirá-lo do cargo a poucos
meses do fim do mandato.
Esse motivo também levou
à manutenção do próprio ministro das Comunicações, a
quem também é debitada a
responsabilidade pela crise
na estatal. Também se avalia
que a saída do ministro poderia gerar crise com o PMDB.
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