São Paulo, quinta-feira, 04 de novembro de 2010

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Lula mantém Sardenberg por mais um ano à frente da Anatel

Apadrinhado de Erenice é mantido na presidência dos Correios

ANDREZA MATAIS
NATUZA NERY
DE BRASÍLIA

O presidente Lula decidiu prorrogar por mais um ano o mandato de Ronaldo Sardenberg na presidência da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).
Há três anos no comando da agência, o mandato dele se encerraria hoje. Próximo à ex-ministra Erenice Guerra, Sardenberg vinha negociando a permanência no cargo diretamente com ela, o que provocou desconforto no Ministério das Comunicações, responsável pelas nomeações, e empurrou para a última hora sua recondução.
Ao mantê-lo no comando da agência somente por mais um ano, Lula dá a sua sucessora, Dilma Rousseff, a oportunidade de escolher já no final do ano que vem o novo presidente da agência.
O presidente, no entanto, decidiu não indicar ninguém para a vaga do vice-presidente da agência, Antonio Bedran, cujo mandato como conselheiro da Anatel também expira hoje.
Em conversa com o ministro José Artur Filardi (Comunicações) ontem, Lula disse que a vaga será preenchida por Dilma.
A Folha apurou que o PMDB do Senado pediu a recondução de Bedran, indicado à Anatel pelo senador Hélio Costa (PMDB-MG) quando era ministro das Comunicações. Derrotado na eleição para o governo de Minas e desgastado por causa da crise nos Correios, Costa não foi atendido por enquanto.
Os nomes cotados para ocupar a vaga de Bedran são: César Alvares, que cuida da agenda do presidente Lula, André Barbosa, da Casa Civil, e Franklin Martins, ministro da Secretaria de Comunicação. Franklin tem dito que não quer o cargo.

CORREIOS
Lula decidiu manter no cargo o presidente dos Correios, David José de Matos, também ligado a Erenice. Ele foi indicado ao cargo por ela. A Folha apurou que Lula achou que não seria prudente tirá-lo do cargo a poucos meses do fim do mandato.
Esse motivo também levou à manutenção do próprio ministro das Comunicações, a quem também é debitada a responsabilidade pela crise na estatal. Também se avalia que a saída do ministro poderia gerar crise com o PMDB.


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