São Paulo, sábado, 05 de março de 2011

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Dólar cai a R$ 1,64, menor valor desde 2008

Crescem especulações sobre medidas no câmbio; Bolsas caem sob influência do petróleo

EPAMINONDAS NETO
DE SÃO PAULO

Os mercados não resistiram a nova disparada dos preços do petróleo, abortando esperada recuperação por conta dos números mais positivos da economia dos EUA.
O relatório do governo americano publicado pela manhã apontou uma criação de empregos num ritmo muito melhor do que o previsto.
Mas o recrudescimento dos confrontos na Líbia manteve as cotações do petróleo bem acima dos US$ 100, reforçando os temores de que a recuperação da economia mundial será prejudicada pelo encarecimento do seu maior insumo.
E a agência Fitch, que classifica o risco de crédito dos países, advertiu que pode rebaixar a "nota" da Espanha, uma das maiores economias do Velho Continente.
Tudo somado, não surpreendeu o desempenho das Bolsas: na Europa, as ações caíram 0,2% e 1% em Londres e Paris; em Nova York, o influente índice Dow Jones caiu 0,7%, enquanto a Bovespa perdeu 0,2%.
O giro de negócios foi fraco, num sinal do pouco apetite por risco. "Por causa do feriado prolongado, provavelmente muito investidor saiu do mercado para não passar esse período exposto à Bolsa", disse Mitsuko Kaduoka, da corretora Indusval.

CÂMBIO
Os agentes financeiros novamente correram para o euro, que bateu a marca de US$ 1,40 pela primeira vez em meses, ainda operando com a expectativa de uma alta dos juros na Europa.
A taxa de câmbio doméstica emendou seu terceiro dia de baixa e recuou para R$ 1,645, o menor preço desde agosto de 2008, apesar da ação mais intensa do Banco Central, que comprou dólares por quatro vezes.
Essa queda renovou especulações sobre uma nova rodada de medidas do governo para conter a desvalorização.


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