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Dólar cai a R$ 1,64, menor valor desde 2008
Crescem especulações sobre medidas no câmbio; Bolsas caem sob influência do petróleo
EPAMINONDAS NETO
DE SÃO PAULO
Os mercados não resistiram a nova disparada dos
preços do petróleo, abortando esperada recuperação por
conta dos números mais positivos da economia dos EUA.
O relatório do governo
americano publicado pela
manhã apontou uma criação
de empregos num ritmo muito melhor do que o previsto.
Mas o recrudescimento
dos confrontos na Líbia manteve as cotações do petróleo
bem acima dos US$ 100, reforçando os temores de que a
recuperação da economia
mundial será prejudicada
pelo encarecimento do seu
maior insumo.
E a agência Fitch, que classifica o risco de crédito dos
países, advertiu que pode rebaixar a "nota" da Espanha,
uma das maiores economias
do Velho Continente.
Tudo somado, não surpreendeu o desempenho das
Bolsas: na Europa, as ações
caíram 0,2% e 1% em Londres e Paris; em Nova York, o
influente índice Dow Jones
caiu 0,7%, enquanto a Bovespa perdeu 0,2%.
O giro de negócios foi fraco, num sinal do pouco apetite por risco. "Por causa do feriado prolongado, provavelmente muito investidor saiu
do mercado para não passar
esse período exposto à Bolsa", disse Mitsuko Kaduoka,
da corretora Indusval.
CÂMBIO
Os agentes financeiros novamente correram para o euro, que bateu a marca de
US$ 1,40 pela primeira vez
em meses, ainda operando
com a expectativa de uma alta dos juros na Europa.
A taxa de câmbio doméstica emendou seu terceiro dia
de baixa e recuou para
R$ 1,645, o menor preço desde agosto de 2008, apesar da
ação mais intensa do Banco
Central, que comprou dólares por quatro vezes.
Essa queda renovou especulações sobre uma nova rodada de medidas do governo
para conter a desvalorização.
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