São Paulo, domingo, 05 de junho de 2011 |
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Alta procura encarece festa de casamento Empresas apontam inflação acima de 200% em cinco anos; setor se profissionaliza para atender à demanda Indústria deve faturar R$ 12 bilhões em 2011, 20% de aumento em relação ao ano passado, segundo associação GIULIANA VALLONE MARIANA SALLOWICZ DE SÃO PAULO A indústria de casamentos no Brasil vive um momento de aquecimento, influenciada pelo aumento na renda das famílias, crescimento da economia e por uma retomada das festas tradicionais. A previsão do setor é de faturamento de R$ 12 bilhões em 2011, 20% mais do que no ano passado. O resultado é um aumento nos custos acima da inflação, pressionados pela demanda crescente. "Existe uma classe ascendente e que quer comprar. Isso aumenta a busca por serviços em um nível que os fornecedores não conseguem atender", diz Vera Simão, presidente da Abrafesta (associação do setor). O número de casamentos no país cresceu 25% entre 2003 e 2009, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Vera afirma que essa expansão no mercado tem criado dois movimentos: o aumento dos preços para selecionar a demanda e o crescimento no número de empresas para atendê-la. "Os custos estão subindo muito. Um casamento que em 2006 custava R$ 50 mil, hoje eu não consigo organizar nem com R$ 150 mil", diz Márcia Possik, diretora da organizadora Marriages. MODA "Casar está na moda. Os casais antes faziam algo com menos investimento. Agora querem fazer a festa da vida", afirma Tamara Barbosa, sócia da Coordinare Eventos. Ela conta que uma de suas clientes fez uma festa para 700 pessoas, gastou R$ 500 mil e, em seguida, foi morar em um apartamento alugado, por não ter dinheiro para dar entrada em um imóvel. O aumento nos preços, segundo ela, também está relacionado ao nível de detalhamento oferecido atualmente. Álbuns de fotos com iPad, coquetéis com ouro e tecidos com fios de seda e diamante estão entre as novidades. Possik diz que mesmo os produtos para noivas de maior poder aquisitivo chegam às classes mais baixas, em opções mais baratas. "É como a bolsa que a Channel lança e, dois meses depois, uma igual está à venda na [rua] 25 de Março." PROFISSIONALIZAÇÃO O crescimento da demanda também tem levado à profissionalização de pequenas empresas no mercado. "A maneira de você permanecer no mercado é ser cada vez melhor nisso", afirma José Luiz de Carvalho Cesar, da Expo Noivas & Festas. O site Icasei, fundado em 2007, é um exemplo. Virou negócio após o sócio Luis Machado ter criado uma página com detalhes de seu próprio casamento. "Foi um grande sucesso. Daí decidi montar uma empresa com a minha mulher para oferecer o serviço." A companhia faturou R$ 1,9 milhão em 2010. A Formiguinhas de Luxo, que oferece serviços de camareiras e de limpeza, é outro exemplo de microempresa criada para suprir a demanda do setor. A empresa de Karina Rebelo, 33, leva kits de medicamentos, costura, maquiagem e outros itens a cerca de 70 festas organizadas em Goiânia (GO) a cada ano. Veja as novidades do setor na Casar 2011 folha.com.br/fg3096 Texto Anterior: Vinicius Torres Freire - EUA: o buraco é mais embaixo Próximo Texto: Por Copa, Lei de Licitações pode mudar Índice | Comunicar Erros |
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