São Paulo, segunda-feira, 05 de julho de 2010

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Mercado Aberto

MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br

Vendas de inverno aquecidas atrasam liquidações

Com o termômetro em baixa no mês passado e as vendas de roupas de inverno em alta, os lojistas retardaram a liquidação da estação deste ano, de junho para julho.
As vendas de roupas de inverno cresceram de 5% a 7% neste ano em relação a 2009, segundo levantamento do Sindivestuário, sindicato que representa cerca de 10 mil confecções paulistas.
"Quando a temperatura sobe, sobra mercadoria e os lojistas antecipam as promoções para zerar os estoques. Não foi o que ocorreu neste ano", diz Ronald Masijah, presidente do sindicato.
"As vendas continuam aquecidas, e as liquidações ocorrerão tardiamente só para a troca de coleção."
As roupas de inverno representam 20% da produção anual do setor de vestuário.
"Como o varejo está capitalizado, já que as vendas de inverno foram positivas, a perspectiva é que as compras da próxima coleção [primavera-verão] sejam ainda melhores", diz Masijah.
As vendas no primeiro semestre foram superiores em 4% às de igual período de 2009, quando o setor sofreu com a crise, segundo Stefanos Anastassiadis, da Controvento, de roupa feminina.
Apesar do resultado positivo deste inverno, as vendas foram inferiores às de 2008, quando faltaram mercadorias para o frio.
"Como a temperatura ainda está baixa, há menos promoções e liquidações", diz Luís Ildefonso da Silva, diretor da Alshop (associação de lojistas de shopping).


EXPLOSÃO DE GASES
Para concorrer com multinacionais que dominam o mercado brasileiro, a IBG (Indústria Brasileira de Gases) investe R$ 34 milhões em novas unidades fabris, que irão operar neste ano.
"Crescemos com recursos próprios e introduzimos um fator de concorrência no mercado", diz Newton de Oliveira, presidente da IBG.
Entre os projetos, está a planta de Suape (PE), resultado da aplicação de R$ 10 milhões. A fábrica de CO2 de Descalvado (SP) será duplicada com investimento de R$ 6 milhões e outra fábrica do produto, de R$ 12 milhões, será erguida em local ainda não revelado. Neste ano, a meta é faturar R$ 100 milhões, alta de 25%.

Devedor O Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região e o Instituto de Protesto de Títulos da Seção São Paulo assinaram convênio para formalizar o protesto de Certidões de Crédito Trabalhistas, expedidas por juízes com base em sentenças proferidas pela Justiça do Trabalho.

Seleção Para avaliar as habilidades de comunicação dos futuros funcionários, a Teleperformance Brasil, multinacional francesa de "call center", avaliará os candidatos com entrevistas por telefone ou em salas de bate-papo on-line. Dependendo da desenvoltura, o indivíduo passa para a fase presencial. Com o método, a empresa prevê analisar 150 mil currículos e entrevistar 5.000 pessoas por mês.

Chave de casa O Consórcio Nacional Embracon alcançou em junho vendas de R$ 208,5 milhões, impulsionado pelo segmento de imóveis, com 45% do total. Segundo a empresa, as classes C e D são responsáveis pelo aumento. O Rodobens Consórcio espera fechar o ano com alta de 10% a 15%, apesar de ter registrado queda na comercialização de cotas no primeiro semestre de 2010, com 4.930 vendidas em imóveis, contra 5.192 no mesmo período de 2009.

TARJA VERMELHA
A balança comercial do setor farmacêutico irá amargar mais um ano no vermelho. O saldo negativo deve crescer 36% em 2010, atingindo US$ 4,6 bilhões, de acordo com projeções da Tendências Consultoria.
As importações devem aumentar 31%, para US$ 5,9 bilhões, puxadas pela expansão do consumo interno e da produção.
O que pesa mais no deficit do setor são os insumos importados. "A indústria nacional de medicamentos, que deve crescer 10,4% neste ano, é altamente dependente de princípios ativos importados", afirma Adriano Pitoli, economista da Tendências.
As vendas nas farmácias devem aumentar 11,5% neste ano, de acordo com estimativas de Pitoli.
No segundo trimestre, o resultado da balança foi afetado por um movimento atípico: as compras externas de vacinas contra gripe, segundo o economista.
Para o terceiro trimestre, a consultoria estima alta de 19% nas importações na comparação com o mesmo período de 2009.

UM LUXO DE RECEITA
A Drogaria Iguatemi negocia para 2011 a abertura de mais três lojas de sua rede, que conta atualmente com três unidades, uma delas prestes a ser reinaugurada com novo conceito e investimento de R$ 1 milhão, no shopping Iguatemi, em São Paulo. Uma das novas farmácias será localizada no shopping Iguatemi Alphaville, as outras ainda estão em planejamento, segundo Leonardo Diniz Jorge, que ao lado do pai, José Leonardo Jorge, comanda a empresa. Para este ano, a rede espera crescer 25% em vendas. A reforma da unidade do Iguatemi contou com piso feito de mármore e fibra de vidro, vindo da China, e um lustre com 4.500 cristais importados da Áustria. A ideia é aumentar em 10% a quantidade de fornecedores.

com JOANA CUNHA, ALESSANDRA KIANEK, FLÁVIA MARCONDES e CLAUDIA ROLLI



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