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Mercado Aberto
MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br
Vendas de inverno aquecidas atrasam liquidações
Com o termômetro em baixa no mês passado e as vendas de roupas de inverno em
alta, os lojistas retardaram a
liquidação da estação deste
ano, de junho para julho.
As vendas de roupas de inverno cresceram de 5% a 7%
neste ano em relação a 2009,
segundo levantamento do
Sindivestuário, sindicato
que representa cerca de 10
mil confecções paulistas.
"Quando a temperatura
sobe, sobra mercadoria e os
lojistas antecipam as promoções para zerar os estoques.
Não foi o que ocorreu neste
ano", diz Ronald Masijah,
presidente do sindicato.
"As vendas continuam
aquecidas, e as liquidações
ocorrerão tardiamente só para a troca de coleção."
As roupas de inverno representam 20% da produção
anual do setor de vestuário.
"Como o varejo está capitalizado, já que as vendas de
inverno foram positivas, a
perspectiva é que as compras
da próxima coleção [primavera-verão] sejam ainda melhores", diz Masijah.
As vendas no primeiro semestre foram superiores em
4% às de igual período de
2009, quando o setor sofreu
com a crise, segundo Stefanos Anastassiadis, da Controvento, de roupa feminina.
Apesar do resultado positivo deste inverno, as vendas
foram inferiores às de 2008,
quando faltaram mercadorias para o frio.
"Como a temperatura ainda está baixa, há menos promoções e liquidações", diz
Luís Ildefonso da Silva, diretor da Alshop (associação de
lojistas de shopping).
EXPLOSÃO DE GASES
Para concorrer com multinacionais que dominam o
mercado brasileiro, a IBG
(Indústria Brasileira de Gases) investe R$ 34 milhões
em novas unidades fabris,
que irão operar neste ano.
"Crescemos com recursos próprios e introduzimos
um fator de concorrência no
mercado", diz Newton de
Oliveira, presidente da IBG.
Entre os projetos, está a
planta de Suape (PE), resultado da aplicação de R$ 10
milhões. A fábrica de CO2 de
Descalvado (SP) será duplicada com investimento de
R$ 6 milhões e outra fábrica
do produto, de R$ 12 milhões, será erguida em local
ainda não revelado. Neste
ano, a meta é faturar R$ 100
milhões, alta de 25%.
Devedor O Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região e o Instituto de Protesto
de Títulos da Seção São Paulo
assinaram convênio para formalizar o protesto de Certidões de Crédito Trabalhistas,
expedidas por juízes com base
em sentenças proferidas pela
Justiça do Trabalho.
Seleção Para avaliar as
habilidades de comunicação
dos futuros funcionários, a Teleperformance Brasil, multinacional francesa de "call center", avaliará os candidatos
com entrevistas por telefone
ou em salas de bate-papo on-line. Dependendo da desenvoltura, o indivíduo passa para a fase presencial. Com o método, a empresa prevê analisar
150 mil currículos e entrevistar
5.000 pessoas por mês.
Chave de casa O Consórcio Nacional Embracon alcançou em junho vendas de R$
208,5 milhões, impulsionado
pelo segmento de imóveis,
com 45% do total. Segundo a
empresa, as classes C e D são
responsáveis pelo aumento. O
Rodobens Consórcio espera
fechar o ano com alta de 10% a
15%, apesar de ter registrado
queda na comercialização de
cotas no primeiro semestre de
2010, com 4.930 vendidas em
imóveis, contra 5.192 no mesmo período de 2009.
TARJA VERMELHA
A balança comercial do
setor farmacêutico irá
amargar mais um ano no
vermelho. O saldo negativo
deve crescer 36% em 2010,
atingindo US$ 4,6 bilhões,
de acordo com projeções da
Tendências Consultoria.
As importações devem
aumentar 31%, para US$
5,9 bilhões, puxadas pela
expansão do consumo interno e da produção.
O que pesa mais no deficit do setor são os insumos
importados. "A indústria
nacional de medicamentos,
que deve crescer 10,4%
neste ano, é altamente dependente de princípios ativos importados", afirma
Adriano Pitoli, economista
da Tendências.
As vendas nas farmácias
devem aumentar 11,5%
neste ano, de acordo com
estimativas de Pitoli.
No segundo trimestre, o
resultado da balança foi
afetado por um movimento
atípico: as compras externas de vacinas contra gripe,
segundo o economista.
Para o terceiro trimestre,
a consultoria estima alta de
19% nas importações na
comparação com o mesmo
período de 2009.
UM LUXO DE RECEITA
A Drogaria Iguatemi negocia para 2011 a abertura
de mais três lojas de sua rede, que conta atualmente
com três unidades, uma delas prestes a ser reinaugurada com novo conceito e
investimento de R$ 1 milhão, no shopping Iguatemi, em São Paulo.
Uma das novas farmácias será localizada no
shopping Iguatemi Alphaville, as outras ainda estão
em planejamento, segundo
Leonardo Diniz Jorge, que
ao lado do pai, José Leonardo Jorge, comanda a
empresa. Para este ano, a
rede espera crescer 25%
em vendas.
A reforma da unidade
do Iguatemi contou com
piso feito de mármore e fibra de vidro, vindo da China, e um lustre com 4.500
cristais importados da
Áustria. A ideia é aumentar em 10% a quantidade
de fornecedores.
com JOANA CUNHA, ALESSANDRA KIANEK, FLÁVIA MARCONDES e CLAUDIA ROLLI
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