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40 dos mais ricos dos EUA dizem que vão doar fortuna para caridade
Promessa é que metade do patrimônio, que ultrapassa os US$ 210 bi, irá para a filantropia
Prefeito de Nova York afirma que deixar a maior parte da herança para seus filhos seria "arruinar a vida deles"
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Um grupo formado por 40
das maiores fortunas dos
EUA prometeu doar ao menos metade do seu patrimônio para ações de filantropia.
O anúncio foi feito ontem
pelo investidor Warren Buffett, dono de US$ 47 bilhões
(é o terceiro homem mais rico
do mundo) e que se encarregou de ligar pessoalmente
nas últimas seis semanas para vários dos milionários.
De acordo com ele, foram
feitas ligações para 70 ou 80
dos membros da lista de 400
norte-americanos mais ricos
da revista "Forbes". "Foi
uma venda muito sutil, mas
40 deles assinaram."
Questionado sobre as explicações dadas sobre quem
não quis se comprometer,
Buffett disse que havia várias: alguns reclamaram do
governo, outros disseram
que sentiam obrigação de
dar herança e houve os que
simplesmente disseram que
tinham um avião para pegar.
"Nós não desistimos deles", afirmou. "Todo santo
tem um passado, e todo pecador tem um futuro."
A iniciativa de reunir os ricos para prometer a fortuna
para a caridade foi tomada
por Buffett e por Bill Gates,
que foi quem atraiu o amigo
para as ações de filantropia.
Juntas, essas 40 famílias
têm um patrimônio de mais
de US$ 213 bilhões, o que garantiria doações superiores a
US$ 106 bilhões para a caridade -ou mais que o triplo
que o PIB anual de um país
como o Uruguai.
Porém, esse número não é
tão simples assim. Primeiro
porque a fortuna deles vai sofrer flutuações nos próximos
anos. Segundo, vários deles
já prometeram parte da sua
fortuna para outras ações filantrópicas. E, finalmente,
vários dizem que vão doar
mais da metade da fortuna.
99 POR CENTO
É o caso, por exemplo, de
Larry Ellison, fundador da
Oracle e dono de US$ 28 bilhões. Ele confirmou ontem
que ao menos 95% do seu patrimônio irá para a filantropia. Buffett já prometeu 99%.
A lista conta com nomes
bem conhecidos não só pela
sua atividade mas também
pelas atividades de filantropia. São os casos do prefeito
de Nova York, Michael
Bloomberg, e do herdeiro dos
hotéis Hilton, Barron Hilton.
Bloomberg afirmou ontem
que decidiu tornar públicas
as suas doações porque começou a achar que era a maneira mais eficaz de encorajar a generosidade de outros.
Disse ainda que começou
a achar que era importante
não deixar tanto dinheiro para seus filhos, pois "eles poderiam arruinar suas vidas".
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