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commodities
Frango com excesso de água tem vendas suspensas pelo governo
Ministério detecta irregularidade em três unidades de produção, uma delas da Brasil Foods
Para que as vendas das três fábricas sejam liberadas, os produtos terão que passar por análise do ministério
Jefferson Bernardes - 16.dez.05/Preview.com
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Trabalhadores em unidade da BR Foods; empresa contesta decisão do Ministério da Agricultura de suspender venda de frango de unidade de SC
TATIANA FREITAS
DE SÃO PAULO
O Ministério da Agricultura detectou excesso de água
em carne de frango "in natura" de três unidades de produção do país, uma delas
pertencente à BRF-Brasil
Foods, e impôs restrições à
venda dos produtos.
Além de a medida envolver uma fábrica da Brasil
Foods em Santa Catarina, onde são fabricados produtos
da Perdigão, ela abrange
também uma unidade da Copacol (Cooperativa Agroindustrial Consolata) no Estado do Paraná e da Rigor Alimentos Ltda., em São Paulo.
A comercialização de carne de frango congelada e resfriada produzida nessas fábricas está suspensa temporariamente.
Para que a venda seja liberada, os produtos terão de ser
submetidos a uma análise
prévia que confirme o atendimento aos padrões estabelecidos pela legislação.
A portaria número 210, de
1998, permite que carcaças e
cortes de frango "in natura"
tenham até 6% de água depois de congelados.
Em amostras de carne de
frango "in natura" dessas
unidades recolhidas no varejo de todo o país, a análise do
ministério apontou que a
presença de água ultrapassou esse limite.
O diretor do Departamento
de Inspeção de Produtos de
Origem Animal do ministério, Nelmon Costa, disse que
a suspensão temporária da
comercialização dos produtos tem o objetivo de fazer
com que as empresas revisem os seus padrões de controle de qualidade.
"O resultado da análise
não quer dizer que a empresa
é fraudadora. É um indicativo de que ela está fugindo
dos padrões de qualidade
com frequência", afirmou.
Segundo Nelmon, nos últimos 12 meses o ministério
analisou 200 amostras de
carne de frango "in natura"
congelada ou resfriada.
Somente neste ano, esse tipo de irregularidade foi encontrado em produtos de oito
unidades.
Dessas, cinco permanecem no Regime Especial de
Fiscalização, agora também
válido para as fábricas da
Brasil Foods, Copacol e Rigor
Alimentos. Costa não quis informar quais são os outros fabricantes.
As empresas deverão apresentar ao ministério análises
de três lotes com os padrões
previstos em lei para ter a comercialização de novos lotes
liberada sem restrições.
"Os fabricantes precisam
garantir que os seus produtos não vão sair fora das especificações", afirmou o diretor do Ministério da Agricultura.
Desde 2007, 34 empresas
foram submetidas ao regime
especial de fiscalização.
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