São Paulo, terça-feira, 05 de outubro de 2010

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Telebrás pede licença para vender internet

Autorização da Anatel é a única pendência para que estatal seja operadora do Plano Nacional de Banda Larga

Empresa vai vender conexão do governo a provedores; 400 já pediram compra, para primeira fase do plano

SOFIA FERNANDES
DE BRASÍLIA

A Telebrás encaminhou ontem para a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) o pedido de licença de comunicação multimídia, autorização necessária para que a estatal comercialize internet banda larga para os provedores.
Segundo Rogério Santanna, presidente da empresa, a agência deve demorar até dois meses para dar a autorização, última pendência para que a Telebrás seja a operadora do PNBL (Plano Nacional de Banda Larga).
Antes da privatização do setor, em 1998, a Telebrás era uma holding controlada pelo Estado e tinha participações em empresas de telecomunicações. Com o PNBL, a estatal precisa da licença porque passará a atuar no mercado, vendendo conexão com preços mais baixos a provedores associados, estimulando a competição no setor.
Para o primeiro momento, que compreende a conexão de cem cidades nos eixos Nordeste e Sudeste, a Telebrás recebeu o pedido de mais de 400 provedores interessados em comprar a conexão do governo, entre pequenas e grandes empresas.
A estatal quer deixar a rede pronta para funcionar em dezembro, mas não descarta imprevistos, como problemas no final da licitação de equipamentos e softwares.
"Em editais de grande volume de dinheiro, é muito pouco provável que não haja reclamação, modificação. É bastante provável que ocorra algum evento desse tipo", disse Santanna. Segundo ele, de 70% a 90% dos equipamentos contratados serão desenvolvidos no país.
Brasília será, provavelmente, a primeira cidade a vender a banda larga do governo, já que abriga a sede da Telebrás. As demais conexões vão avançar a partir desse ponto. Tocantins e São Paulo deverão ser os próximos contemplados.

PEQUENOS PROVEDORES
Os pequenos provedores deverão ter papel importante nas cidades mais afastadas, onde o serviço de banda larga não é tão rentável e onde não há competição entre empresas. Santanna considera, inclusive, transformar lan houses de cidades remotas e com baixa demanda em espécie de microprovedores.
A Telebrás também tem seu cronograma de crescimento. Com pouco mais de 40 funcionários -entre eles, 38 de carreira que estavam cedidos à Anatel-, a empresa quer recuperar, no próximo ano, 220 empregados cedidos e contratar mais 140.


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