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Telebrás pede licença para vender internet
Autorização da Anatel é a única pendência para que estatal seja operadora do Plano Nacional de Banda Larga
Empresa vai vender conexão do governo a provedores; 400 já pediram compra, para primeira fase do plano
SOFIA FERNANDES
DE BRASÍLIA
A Telebrás encaminhou
ontem para a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) o pedido de licença
de comunicação multimídia,
autorização necessária para
que a estatal comercialize internet banda larga para os
provedores.
Segundo Rogério Santanna, presidente da empresa, a
agência deve demorar até
dois meses para dar a autorização, última pendência para que a Telebrás seja a operadora do PNBL (Plano Nacional de Banda Larga).
Antes da privatização do
setor, em 1998, a Telebrás era
uma holding controlada pelo
Estado e tinha participações
em empresas de telecomunicações. Com o PNBL, a estatal precisa da licença porque
passará a atuar no mercado,
vendendo conexão com preços mais baixos a provedores
associados, estimulando a
competição no setor.
Para o primeiro momento,
que compreende a conexão
de cem cidades nos eixos
Nordeste e Sudeste, a Telebrás recebeu o pedido de
mais de 400 provedores interessados em comprar a conexão do governo, entre pequenas e grandes empresas.
A estatal quer deixar a rede
pronta para funcionar em dezembro, mas não descarta
imprevistos, como problemas no final da licitação de
equipamentos e softwares.
"Em editais de grande volume de dinheiro, é muito
pouco provável que não haja
reclamação, modificação. É
bastante provável que ocorra
algum evento desse tipo",
disse Santanna. Segundo
ele, de 70% a 90% dos equipamentos contratados serão
desenvolvidos no país.
Brasília será, provavelmente, a primeira cidade a
vender a banda larga do governo, já que abriga a sede da
Telebrás. As demais conexões vão avançar a partir desse ponto. Tocantins e São
Paulo deverão ser os próximos contemplados.
PEQUENOS PROVEDORES
Os pequenos provedores
deverão ter papel importante
nas cidades mais afastadas,
onde o serviço de banda larga não é tão rentável e onde
não há competição entre empresas. Santanna considera,
inclusive, transformar lan
houses de cidades remotas e
com baixa demanda em espécie de microprovedores.
A Telebrás também tem
seu cronograma de crescimento. Com pouco mais de
40 funcionários -entre eles,
38 de carreira que estavam
cedidos à Anatel-, a empresa quer recuperar, no próximo ano, 220 empregados cedidos e contratar mais 140.
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