Embarque de frango deve crescer até 5% em 2011

Após terem atingido um recorde em 2010, as exportações de carne de frango devem apresentar crescimento entre 3% e 5% neste ano.
A estimativa, ainda preliminar, é do presidente da Ubabef (associação dos produtores e exportadores de frango), Francisco Turra.
Apesar do câmbio, o cenário é favorável para as vendas externas, com os mercados emergentes respondendo pelo crescimento da demanda.
Segundo dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior) divulgados nesta semana, os embarques de carne de frango "in natura" atingiram o volume inédito de 3,46 milhões de toneladas em 2010, um crescimento de 6% ante 2009, ano afetado pela crise internacional.
Em receita, o avanço foi de 20%, para US$ 5,8 bilhões, refletindo também a recuperação dos preços em dólar.
Mas, assim como aconteceu com outros setores do agronegócio, o mercado interno foi o grande destaque do ano passado.
Além do aumento da renda, que estimulou o consumo doméstico, a procura por frango no país foi impulsionada pela explosão dos preços da carne bovina.
A migração de um tipo de proteína animal para outro foi "acentuada", segundo Turra, e resultou em forte alta no consumo per capita de frango no país, de 40 quilos para 44 quilos por pessoa/ano entre 2009 e 2010.
A produção nacional cresceu 12% no período, para 12,4 milhões de toneladas.
Para 2011, o principal desafio do setor é o aumento de custos. Além da ração, que sobe acompanhando o preço dos grãos, a mão de obra preocupa a indústria.

Algodão Os preços do algodão voltaram a subir ontem, após a trégua das últimas semanas. O indicador Cepea/Esalq com pagamento em oito dias subiu 6,2%, para R$ 3,11 por libra-peso. Trata-se da maior variação diária da série histórica, iniciada em 1996.

Café 1 A maioria dos cafezais se recupera da estiagem e deve colher, na safra 2010/11, um volume normal para um ciclo de baixa de produção, informaram integrantes de cooperativas à Reuters. A safra 2009/10, também de baixa, ficou em 39,5 milhões de sacas.

Café 2 A exceção é a região norte de São Paulo e perto da divisa com Minas Gerais, onde os produtores dizem que o clima não ajudou e que a safra poderá ser menor do que a do último ciclo de baixa. O ministério divulga hoje sua primeira estimativa para a produção.

Preço da carne sobe no atacado

O ano começou com alta nos preços da carne bovina no atacado.
Ontem, o valor do traseiro subiu 3% em São Paulo, para R$ 8,55 o quilo, segundo a AgraFNP.
Os cortes traseiros são os mais caros, como filé-mignon, alcatra, picanha e contrafilé.
Os cortes dianteiros, mais populares, como músculo e acém, subiram 2%, para R$ 4,60 o quilo.
As fortes vendas no final de ano e o baixo nível dos estoques explicam o movimento, diz José Vicente Ferraz, da AgraFNP.
Como o ritmo dos abates é lento neste início de ano, a reposição no atacado também demora e contribui para a alta pontual.

OLHO NO PREÇO
COTAÇÕES

Mercado Interno
MILHO
(R$ p/ saca) 22,60

Chicago
SOJA
(US$ p/ bushel) 13,86