São Paulo, domingo, 06 de março de 2011

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Em Salvador, Carnaval gira
R$ 500 mi


Secretaria de Turismo prevê que a festa atraia 500 mil turistas, principalmente de São Paulo, Rio, Minas e DF

Hotéis nos circuitos de blocos estão lotados; ocupação média em outras regiões da cidade varia de 95% a 97%


MATHEUS MAGENTA
DE SALVADOR

Os turistas que visitam Salvador durante o Carnaval deste ano devem injetar mais de R$ 500 milhões na economia local, segundo estimativa do governo baiano. Em alguns blocos e camarotes, os visitantes correspondem a mais de 90% do público.
A previsão da Secretaria de Turismo da Bahia é que Salvador receba 500 mil turistas em seis dias de folia. A maioria deles chega de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Distrito Federal.
Os hotéis da capital baiana localizados nos circuitos do Carnaval já estão lotados, e a taxa de ocupação média em outras regiões da cidade varia entre 95% e 97%, segundo o sindicato do setor.
Dos cerca de 1,7 milhão de foliões que brincam o Carnaval de Salvador, um terço é de fora da capital baiana.
Em alguns camarotes, os turistas são quase 90% do público. É o caso do camarote Salvador, o mais caro e badalado da folia baiana.
Vendido pela internet, o primeiro lote de 300 abadás (camisas que servem de ingresso em camarotes e blocos) esgotou em sete minutos. Hoje, um dia de festa no local chega a custar R$ 1.290.
Com uma área de quase 7.000 metros quadrados, o camarote tem como principal atrativo a presença de DJs internacionais, como Fatboy Slim e David Guetta.
As vendas de abadás não devem crescer significativamente neste ano.
Segundo empresários do setor, o comércio foi bas- tante prejudicado por eventos como Copa do Mundo e eleições, já que as compras são feitas ao longo do ano, de maneira diluída.

APELO REGIONAL
Para Joaquim Nery, diretor da Central do Carnaval, empresa que comercializa abadás de 29 blocos e 11 camarotes, a folia baiana se consolidou nos últimos anos como um modelo de negócios com "forte apelo regional".
"As pessoas vão para festas com axé music em outros Estados, nas micaretas, mas aquilo é só um aperitivo, uma degustação. Elas percebem que a festa acontece mesmo na Bahia", afirmou.
De olho no público em expansão, as empresas aumentaram o investimento em ações de fortalecimento das marcas durante a festa em Salvador.
Desde 2007, a arrecadação com patrocínio oficial cresceu cinco vezes, passando de R$ 2,9 milhões para R$ 15,4 milhões.


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