São Paulo, quarta-feira, 06 de abril de 2011

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BNDES pretende reduzir empréstimos em R$ 30 bi

Medida abre espaço para maior financiamento privado de longo prazo

Novo Mercado para títulos de empresas deve contribuir para baixar participação do dinheiro público

GABRIEL BALDOCCHI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O BNDES espera reduzir em R$ 30 bilhões o volume de empréstimos neste ano e, assim, deixar espaço para fontes privadas de financiamento de longo prazo.
"O volume de projetos aprovados, que somam perto de R$ 190 bilhões, significaria chegar ao final do ano a algo em torno de R$ 165 bilhões, se tivéssemos "funding". Não é o nosso objetivo", afirmou o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, durante evento sobre títulos privados ontem.
Segundo Coutinho, o sucesso do banco neste ano será a moderação e não a ampliação do volume emprestado. Ele prevê uma alta de 8% a 10% nos investimentos do país neste ano.
"Temos um desafio de [financiamento privado] de R$ 200 bilhões. Mas isso não acontece da noite para o dia. Num horizonte próximo, acho esse número [R$ 30 bilhões] realista", disse o economista Armando Castelar, no mesmo evento.
Coutinho afirmou já ter observado desaceleração nos empréstimos no primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado e acredita em queda maior no segundo trimestre.
Para o segundo semestre, a Anbima (associação de entidades dos mercados financeiro e de capitais) espera emissões de títulos privados no Novo Mercado.
A expectativa é que esse novo modelo se some a estímulos fiscais anunciados pelo governo em 2010 e ajude a ampliar o mercado de renda fixa para que ele possa servir de fonte alternativa de financiamento às empresas.
O BNDES destinará R$ 10 bilhões para estimular a compra desses títulos.


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