São Paulo, sexta-feira, 06 de maio de 2011 |
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Foxconn quer antecipar iPad "nacional" Empresa manda carta a Dilma puxando de novembro para julho início da montagem local do tablet e do iPhone Novo cronograma inclui exigências como rápida emissão de passaportes e equiparação de tablet a notebook pela Receita VERA MAGALHÃES DE SÃO PAULO O dono e presidente da Foxconn, Terry Gou, mandou uma carta para a presidente Dilma Rousseff em que a empresa se dispõe a antecipar de novembro para julho o início da montagem do iPad e do iPhone no Brasil. A produção brasileira do tablet e do smartphone da Apple faz parte da estratégia de ampliação da presença da gigante taiwanesa no Brasil. A Foxconn anunciou, ainda, um investimento de US$ 12 bilhões em cinco anos em uma nova planta no país. Na extensa carta que mandou a Dilma, o bilionário taiwanês apresenta uma série de novas exigências para antecipar a linha de produção dos aparelhos da Apple. A empresa tem pressa em enviar 200 engenheiros e técnicos em eletrônica brasileiros para serem treinados na China. Para isso, quer que o governo garanta emissão imediata de passaportes. O empresário reforçou ainda a pressão para que a Receita Federal defina -agora nesse prazo exíguo de dois meses- o enquadramento tributário do tablet. O órgão hesita em classificar esses aparelhos como notebooks, pela inexistência de teclado físico. Essa equiparação levaria a uma redução de 9,25% de PIS e Cofins -daí a pressão da Foxconn. Conforme a Folha informou no domingo, o plano de investimento apresentado pela empresa tem uma série de outras condicionantes. A decisão de antecipar a montagem do iPad e do iPhone se deve, segundo a empresa, a razões mercadológicas. A Apple já enviou ao país os primeiros lotes de componentes para montagem local do tablet, vindos da Ásia. A produção será nas plantas que a Foxconn tem em Jundiaí e Indaiatuba (SP). Diante do novo cronograma, Dilma pediu aos ministros Aloizio Mercadante (Ciência e Tecnologia) e Fernando Pimentel (Desenvolvimento) que marquem uma reunião com executivos da Foxconn, que deve ocorrer nas próximas semanas. "É um cronograma ousado. O que estiver a nosso alcance nós vamos nos empenhar em viabilizar", disse Mercadante ontem à Folha. No início, a Foxconn vai apenas montar os equipamentos no Brasil. A ideia, no entanto, é passar a produzir todos os componentes dos eletrônicos -chassi e tela de LCD- na nova unidade. Em São Paulo, o governo do Estado já concedeu benefícios fiscais para fabricantes de eletrônicos, como isenção de IPI, redução de ICMS de 18% para 7% e incentivos para a compra de máquinas. O governo paulista está na disputa também para abrigar a nova planta, para a qual a Foxconn fez exigências de logística e infraestrutura. Texto Anterior: Mercado Aberto Próximo Texto: Elétrica pode virar operadora de celular Índice | Comunicar Erros |
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