São Paulo, domingo, 06 de junho de 2010

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Tendência é carro híbrido subsidiado, afirma associação

Em países como EUA e Japão, onde fatia de modelos alcança 3%, consumidor tem incentivo de até US$ 7.500

Previsão de entidade que faz lobby pelo híbrido no Brasil diz que 2012 será o ano em que as vendas explodirão


DE SÃO PAULO

A ABVE (Associação Brasileira do Veículo Elétrico), instituição criada para dissolver os entraves ao desenvolvimento de um modelo comercial no Brasil, diz que o mundo caminha para explorar o chamado carro híbrido, com motor elétrico associado a outro a combustão.
A corrida internacional por alargar a fatia de venda desse novo produto também impõe aos governos e às montadoras uma prática sem a qual não há negócio: o subsídio. Em mercados como EUA e Japão, onde a venda de híbridos alcança 3% dos negócios, subsídios de até US$ 7.500 são oferecidos para os compradores.
Mesmo assim, a conta não fecha. Segundo Pietro Erber, presidente da ABVE, modelos híbridos custam, mesmo com subsídios, de 25% a 30% a mais do que um carro equivalente com motor a gasolina ou diesel. Mas essa, diz ele, é uma questão de tempo.

25% DA FROTA EM 2050
A ABVE diz que em 2012 o mundo verá uma corrida ao veículo elétrico. De acordo com estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), o veículo elétrico poderá responder por 60% das vendas em 2050, ou 25% da frota mundial.
Há quem considere essa uma previsão superestimada. As montadoras acham que até 2020 apenas 2% das vendas serão de veículos elétricos. São meras projeções.
No caso do Brasil, a ABVE estima que o país não terá de esperar dez anos para ter disponível um modelo viável comercialmente.
"Isso só acontecerá se o país optar por um carro 100% elétrico. O mundo caminha para o carro híbrido, e, com o uso de motores bicombustíveis, o Brasil pode ter uma solução muito interessante no mundo", diz.
Por enquanto, a entidade aguarda as medidas do governo federal para destravar projetos de pesquisa e desenvolvimento represados no país. (AGNALDO BRITO)


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