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Tendência é carro híbrido subsidiado, afirma associação
Em países como EUA e Japão, onde fatia de modelos alcança 3%, consumidor tem incentivo de até US$ 7.500
Previsão de entidade
que faz lobby pelo
híbrido no Brasil diz que
2012 será o ano em que
as vendas explodirão
DE SÃO PAULO
A ABVE (Associação Brasileira do Veículo Elétrico), instituição criada para dissolver
os entraves ao desenvolvimento de um modelo comercial no Brasil, diz que o mundo caminha para explorar o
chamado carro híbrido, com
motor elétrico associado a
outro a combustão.
A corrida internacional
por alargar a fatia de venda
desse novo produto também
impõe aos governos e às
montadoras uma prática sem
a qual não há negócio: o subsídio. Em mercados como
EUA e Japão, onde a venda
de híbridos alcança 3% dos
negócios, subsídios de até
US$ 7.500 são oferecidos para os compradores.
Mesmo assim, a conta não
fecha. Segundo Pietro Erber,
presidente da ABVE, modelos híbridos custam, mesmo
com subsídios, de 25% a 30%
a mais do que um carro equivalente com motor a gasolina
ou diesel. Mas essa, diz ele, é
uma questão de tempo.
25% DA FROTA EM 2050
A ABVE diz que em 2012 o
mundo verá uma corrida ao
veículo elétrico. De acordo
com estudo do Ipea (Instituto
de Pesquisa Econômica Aplicada), o veículo elétrico poderá responder por 60% das
vendas em 2050, ou 25% da
frota mundial.
Há quem considere essa
uma previsão superestimada. As montadoras acham
que até 2020 apenas 2% das
vendas serão de veículos elétricos. São meras projeções.
No caso do Brasil, a ABVE
estima que o país não terá de
esperar dez anos para ter disponível um modelo viável comercialmente.
"Isso só acontecerá se o
país optar por um carro
100% elétrico. O mundo caminha para o carro híbrido,
e, com o uso de motores bicombustíveis, o Brasil pode
ter uma solução muito interessante no mundo", diz.
Por enquanto, a entidade
aguarda as medidas do governo federal para destravar
projetos de pesquisa e desenvolvimento represados no
país.
(AGNALDO BRITO)
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