DE SÃO PAULO

A Vale chegou a um acordo preliminar com os funcionários das suas minas de níquel em Sudbury (Canadá), abrindo caminho para encerrar a greve que está prestes a completar um ano.
O acerto ainda precisa ser aprovado pelos empregados da mineradora no Canadá. O sindicato afirmou, em comunicado, que as votações ocorrerão amanhã, em Sudbury, e na quinta, em Port Colborne (Canadá).
Cory McPhee, vice-presidente corporativo da Vale no Canadá, afirmou, por e-mail, que a mineradora está "esperançosa" de que o acordo será ratificado. "Ambas as partes trabalharam duro para consegui-lo."
Ele disse que a companhia não pode revelar detalhes da proposta negociada com os funcionários (como a volta ao trabalho e a retomada normal das operações) enquanto ela não for votada.
O novo acordo, se confirmado pelos trabalhadores canadenses, tem validade de cinco anos e encerra uma greve que teve início em 13 de julho do ano passado.
A greve teve início quando 3.000 funcionários protestaram contra propostas de renegociação de contratos coletivos. Estavam em jogo alterações nos planos de aposentadoria e em um bônus atrelado ao preço do níquel.
A Vale diz que teve de fazer mudanças para manter a sustentabilidade da Inco, a subsidiária adquirida em 2006, após o fim de superciclo do níquel que levou o preço a recordes em 2008.
De acordo com o sindicato Metalúrgicos Unidos (USW, na sigla em inglês), a mineradora brasileira assumiu o controle da Inco, no fim de 2006, prometendo não fazer grandes mudanças.


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