DE SÃO PAULO

Para o FMI (Fundo Monetário Internacional), o real "parece estar sobrevalorizado". Desde o início do ano passado, a moeda brasileira já se apreciou cerca de 25% em relação ao dólar.
A análise do Fundo sobre a moeda faz parte de uma avaliação periódica que ele faz sobre os seus países-membros. Na semana passada, por exemplo, ele disse que o yuan, a moeda chinesa, está desvalorizada.
Na sua avaliação, o organismo multilateral afirma que a ação dos bancos públicos no crédito "teve um papel fundamental" em impedir uma queda ainda maior do PIB. Porém, recomendou que agora sejam reduzidos os empréstimos do BNDES.
Os empréstimos do banco de fomento cresceram 41% de janeiro a maio deste ano e somaram R$ 46 bilhões.
Os diretores do Fundo elogiaram a recuperação da economia brasileira, graças aos investimentos domésticos, ao consumo e à demanda externa por commodities.
No entanto, disseram que, com a produção chegando ao seu máximo e o desemprego atingindo o menor nível em uma década, "a pressão sobre os recursos cresceu, e a política monetária se tornou mais complicada, na esteira do crescimento da entrada de capital estrangeiro".
Para o FMI, a economia vai crescer 7,1% neste ano, após a queda de 0,2% no PIB no ano passado. Ele prevê ainda que o comércio do país com o exterior terá superavit de US$ 4,3 bilhões, US$ 21 bilhões menos que em 2009.


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