São Paulo, sábado, 06 de agosto de 2011

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Recuperação judicial sobe 14% no semestre

Pequena empresa sofre mais com crédito caro

FELIPE VANINI BRUNING
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Os pedidos de recuperação judicial aumentaram 14% no primeiro semestre de 2011.
O movimento é visto como o início de uma tendência de dificuldades para micro e médias empresas.
Elas estão enfrentando condições piores para financiar suas operações.
Segundo levantamento da Serasa, 239 empresas entraram com pedido de recuperação judicial, ante 209 no mesmo período de 2010.
"O aumento de juros, iniciado com a elevação da taxa básica pelo Banco Central, impacta em especial as micro e médias empresas, que não têm tantas opções de financiamento", diz Marcel Solimeo, economista da Associação Comercial de São Paulo.
A capixaba ProRibeiro, especializada na distribuição de produtos alimentícios e de bebidas, acabou de ingressar com o pedido de reestruturação judicial. A empresa atribui suas dificuldades ao aperto de crédito.
"O aumento das dívidas de curto prazo nos levou a recorrer à recuperação judicial", afirma Milton Ribeiro, dono da companhia, que registrou faturamento de cerca de R$ 140 milhões em 2010.

MUDANÇA
Até 2005, quando foi aprovada a nova lei de falências, as empresas em processo de insolvência tinham de decretar concordata, o que não é mais utilizado.
Segundo o advogado Fernando Fiorezzi de Luizi, um dos principais especialistas na área, a recuperação judicial modificou a tramitação dos processos, oferecendo às empresas a chance de reprogramar pagamentos e rever a estrutura de seus negócios.
Hoje, as empresas que entram com pedido de recuperação judicial já têm garantido o direito de não interrupção de seu fornecimento de energia elétrica.


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