São Paulo, terça-feira, 06 de setembro de 2011

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ANÁLISE

Novos hábitos das famílias ditam mercado nas metrópoles

EDUARDO MAY ZAIDAN
ESPECIAL PARA A FOLHA

Diversos fatores contribuíram para a produção de imóveis com metragens mais reduzidas nos últimos anos.
Em uma cidade como São Paulo, a exemplo da maioria das metrópoles, as pessoas passam cada vez mais tempo fora de casa, atraídas pela variadíssima oferta de atividades de lazer, culturais e gastronômicas.
É cada vez mais comum o hábito de sair para comer, encontrar os amigos e a família em algum programa que antes se fazia em casa.
Nos novos condomínios, ótimas áreas de lazer passaram a ser oferecidas além do tradicional salão de festas, piscinas, espaços gourmet, "lounge", brinquedotecas e salas de fitness.
Outros pontos a considerar são a diminuição do número de pessoas por família, a forte presença das mulheres no mercado de trabalho, que não passam o dia todo em casa, a oferta reduzida de trabalhadores domésticos e o aumento do custo dos serviços.
Mas o espaço urbano é finito, as legislações ordenam e restringem a ocupação e a metragem quadrada das edificações, os terrenos e novas áreas se tornam escassos, o custo da construção é maior pelas dificuldades de abastecimento, logística, regulação e mão de obra mais cara, além da exigência do mercado por imóveis mais equipados e sofisticados.
O custo de um imóvel será sempre maior nas grandes cidades que nas médias ou nas pequenas, o que também favorece o mercado dos apartamentos de menor tamanho.

EDUARDO MAY ZAIDAN, engenheiro civil, é vice-presidente de Economia do SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo)


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