Bons preços devem gerar recorde de 60 mi de toneladas de milho no país

Os bons preços do milho vão permitir a interrupção da queda contínua na área plantada no verão no Paraná.
Os produtores do Estado deverão semear 882 mil hectares com milho nos próximos meses, superando em 15% o espaço dedicado ao produto no mesmo período do ano passado, quando o Paraná teve a menor área de verão desde a década de 1970.
Os dados são do Deral (Departamento de Economia Rural), que não está sozinho nessa avaliação de crescimento de área e de produção.
A consultoria Clarivi prevê que a expansão de área com milho deverá render uma produção histórica de 60 milhões de toneladas na soma das safras de verão e de inverno.
A área a ser plantada no período de verão será de 8,14 milhões de hectares, com produção prevista de 37,3 milhões de toneladas.
Já no inverno, a área será de 5,9 milhões de hectares, com produção estimada em 23,1 milhões de toneladas.
A consultoria Céleres prevê área ainda maior no verão: 8,3 milhões de hectares, mas produtividade menor, de 4.381 kg por hectare.
Com isso, a safra de verão seria de 36,3 milhões de toneladas, 10% mais do que a de 2010/11.
A estimativa da Céleres para a safrinha é de 5,7 milhões de hectares, com produção de 22 milhões de toneladas.
O cenário bom para o milho no Paraná, principal produtor, fará com que o produto roube áreas de soja, feijão cebola e batata no Estado.
A safra recorde brasileira será disputada entre o consumidor nacional e a demanda externa, que será atraente porque haverá quebra na safra dos Estados Unidos, onde o clima é desfavorável.

Boi em queda O volume de negociações no setor de carnes foi baixo neste início de semana. A pouca procura por animais prontos para o abate derrubou os preços da arroba para R$ 98 no noroeste de São Paulo.

Outros ajustes Os dados são da Informa Economics/FNP, que apontava a arroba de boi a R$ 100 na semana passada. A consultoria registrou recuos de preços também em outros Estados.

Recuo A carne de suínos também mantém tendência de queda de preço, com os negócios girando próximos de R$ 43 por arroba. Nos últimos 30 dias, a queda é de 21%.

Açúcar O diretor de pesquisa da consultoria Czarnikow, Toby Cohen, estimou um excedente global na oferta de açúcar entre 4 milhões e 5 milhões de toneladas em 2011/12.

Café A cooperativa Cooxupé disse à Reuters que terá quebra na produção de café acima do previsto.

Nidera e Noble têm maior participação na exportação

A maior produção do país permite a formação de novos gigantes nas exportações de grãos. Duas novas empresas se consolidam e elevam a participação no setor: a europeia Nidera Sementes e a asiática Noble do Brasil.
A Nidera, que em 2009 era a 62ª na lista das maiores exportadoras brasileiras, ocupa a 36ª posição neste ano.
A Noble, que em 2008 era apenas a 99ª na lista geral das exportadoras, já é a 34ª.
A Nidera soma exportações no valor de US$ 689 milhões no ano; a Noble contabiliza US$ 717 milhões.
Elas já se aproximam das dez maiores exportadoras, quando consideradas apenas as que atuam no agronegócio, mostra a Secex.

Com KARLA DOMINGUES


Texto Anterior: Análise/Safras: Estoque apertado nos EUA favorece setor do milho no Brasil
Próximo Texto: Telefónica se reestrutura e foca área digital
Índice | Comunicar Erros