São Paulo, quarta-feira, 06 de outubro de 2010

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Para permitir entrada da PT, Telemar muda acordo

Companhia portuguesa vai investir R$ 1,2 bi na empresa-mãe do grupo Oi

Será alterada a regra que diz que só indicam membros do Conselho os sócios com pelo menos 9% das ações

Leo Pinheiro - 10.mai.2010/‘Valor’/Folhapress
Otávio Azevedo, presidente do grupo Andrade Gutierrez

ELVIRA LOBATO
JANAINA LAGE
DO RIO

A Telemar Participações, empresa-mãe do grupo Oi, mudará seu acordo de acionistas para viabilizar a entrada da Portugal Telecom no quadro societário.
O grupo português, conforme anunciado no final de julho, aceitou pagar até R$ 8,4 bilhões para ser acionista da Oi, e continuar no mercado brasileiro, depois que vendeu para a Telefônica a sua parte na Vivo. Parte do investimento, R$ 1,2 bilhão, será gasto na compra de 10% da Telemar Participações.
Segundo o presidente do grupo Andrade Gutierrez, Otávio Azevedo, o BNDESPar (BNDES Participações) e os fundos de pensão Previ (dos empregados do Banco do Brasil), Petros (dos empregados da Petrobras) e Funcef (dos funcionários da Caixa Econômica Federal) reduzirão proporcionalmente sua participação no capital da holding do grupo Oi de modo que a Portugal Telecom consiga os 10% almejados.
A Petros e a Funcef, que hoje têm 10% da holding, ficarão com menos de 9% cada uma. O BNDES deve reduzir sua participação de 16,89% para cerca de 13%. A Previ, que tem 12,95%, também terá sua participação diminuída.
O acordo de acionistas atual estabelece que para indicar um membro para o Conselho de Administração da holding o sócio precisa ter uma participação societária de, no mínimo, 9%.
O novo acordo vai reduzir esse percentual para permitir que todos os acionistas possam ter um representante no conselho da holding e nos conselhos das empresas controladas. "Isso está pacificado. Nenhum acionista perderá poder político na companhia", disse Azevedo.
A entrada da Portugal Telecom não altera o controle da Telemar Participações, que continua nas mãos dos grupos La Fonte (família Jereissati) e Andrade Gutierrez, e do fundo de pensão Atlântico, dos empregados da Oi. Na soma, os três têm 50,1% do capital da Telemar Participações e indicam o presidente e um diretor da companhia.
Azevedo estimou que a entrada da Portugal Telecom na Oi deverá ser formalizada em contrato em até 30 dias. A operação espera aprovação da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).


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