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commodities
Brasil é o 16º mais atrativo para energia renovável
China lidera ranking de interesse em investimento na área, afirma estudo
Incentivos de Pequim para tornar sua matriz energética mais limpa fizeram a China passar os EUA no ranking
TATIANA FREITAS
DE SÃO PAULO
Apontada como vilã na
emissão de gases poluentes,
a China é o país mais atrativo
para receber investimentos
em energia renovável.
A última edição do índice
de atratividade do setor produzido pela consultoria
Ernst & Young, obtida pela
Folha, mostra o país asiático
ultrapassando os EUA como
país mais propenso a desenvolver projetos de geração de
energia eólica, solar, biomassa e pequenas centrais
hidrelétricas, entre outros.
O Brasil, que hoje possui
uma matriz energética considerada limpa para o padrão
global, aparece na 16ª colocação, atrás de países como
Índia (quarta), Portugal (décima) e Grécia (12ª).
Segundo Luiz Cláudio
Campos, sócio da Ernst &
Young para a área de transações, três fatores principais
tornam um país mais atrativo para receber projetos. E
incentivos do governo estão
relacionados a todos eles.
Campos afirma que projetos de geração de energia
limpa precisam de um marco
regulatório que incentive os
investimentos, condições
que favoreçam a atividade
operacional -como infraestrutura adequada- e boas
condições de financiamento.
"E há uma forte influência
do governo chinês no incentivo a novos projetos em
energia renovável. O governo está buscando recompor
a sua matriz energética."
Já a perda da liderança pelos Estados Unidos tem relação com o fracasso do Congresso em votar alguns projetos relacionados com o setor de energia renovável.
No 16º lugar, o Brasil deve
ganhar representatividade
em termos de atratividade ao
investidor. Para isso, enfrentará o desafio de tornar viável financeiramente projetos
em fase pré-operacional.
Para o consultor, no país
também há uma tendência
de que a biomassa perca espaço para outras fontes alternativas, como a eólica, à medida que essas ofereçam um
preço mais competitivo.
"O Brasil passa por um
amadurecimento desse mercado. E o grande destaque ficará com aqueles que conseguirem avançar mais em tecnologia, ganhar competitividade e refletir esse avanço
no preço das tarifas", diz.
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