São Paulo, sexta-feira, 07 de janeiro de 2011 |
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VAIVÉM MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br Comércio de máquinas agrícolas registra o maior volume desde 1976 O setor de máquinas agrícolas confirmou as expectativas e atingiu, no ano passado 2010, o maior volume de vendas desde 1976. Como há 30 anos as condições de mercado eram outras -havia um maior número de máquinas de menor potência-, pode-se afirmar que no ano passado o comércio de máquinas agrícolas atingiu o maior nível da história. Foram vendidas 68,5 mil máquinas no país, alta de 24% ante 2009. A produção aumentou 34%, para 88,7 mil unidades, segundo dados divulgados ontem pela Anfavea (associação de veículos automotores). Houve também uma recuperação das exportações, que cresceram 26%, mas ainda estão longe do nível pré-crise. As vendas ao exterior somaram 18,7 mil máquinas. Em 2008, foram 30,2 mil. Programas sociais de apoio à agricultura familiar e taxas de juros mais acessíveis, como a do PSI (Programa de Sustentação de Investimento, do BNDES), estimularam o setor, além da boa rentabilidade dos produtores em um ano de preços altos para os produtos agrícolas. Para 2011, há dúvidas sobre o desempenho da indústria de máquinas agrícolas. O PSI, por exemplo, que hoje pratica uma taxa de 5,5%, deve acabar em março -caso não seja prorrogado. O temor é que o fim dos incentivos, em ano de arrocho, afete o desempenho no mercado interno. A estimativa da Anfavea é de manutenção do volume de vendas. Para as exportações, a associação projeta uma redução de 5%, devido à queda na demanda internacional e à perda de competitividade das máquinas brasileiras. Como reflexo, a produção nacional deve cair 4% em 2011, para 85,2 mil unidades. Boa safra 1 O Brasil pode colher até 44,7 milhões de sacas de café na próxima safra, ano de baixa do ciclo bianual da cultura. O volume é 7% menor do que os 48 milhões de sacas de 2010/ 11, ano de alta do ciclo. Boa safra 2 Se atingir o pico da estimativa da Conab, a safra superará em 13% a maior produção para um ciclo de baixa do café na última década, de 39 milhões de sacas em 2009/10. Destaque O algodão foi destaque nas projeções da Conab para a safra 2010/11. A colheita deve crescer 55% em relação a 2009/10 e a área deve ser 45% maior. Reflexo da alta dos preços. Alta no campo Os preços ao produtor subiram 36% em 2010 em São Paulo, segundo o IEA. O índice terminou dezembro com alta de 0,73%. O frango esteve entre as maiores valorizações do mês, com 13%. Efeito férias Neste início de ano, o preço do frango cai. O quilo do vivo recuou 2,4%, para R$ 2,05. Produtores de álcool e governo discutem estoques Produtores de álcool se reúnem na próxima quarta-feira com o governo para discutir estoques e o abastecimento na entressafra. Segundo Antonio de Pádua Rodrigues, da Unica, a oferta para mistura à gasolina está garantida. No caso do etanol hidratado, ele admite ajustes de preço para equilibrar o mercado. Os valores já sobem. Até em São Paulo, grande produtor, o álcool ameaça perder a competitividade. Segundo a ANP, o preço médio na bomba ficou em R$ 1,70 por litro entre 26 de dezembro e 1º de janeiro -o equivalente a 68% do valor médio da gasolina, de R$ 2,49. TATIANA FREITAS (interina) com KARLA DOMINGUES Texto Anterior: Trajetória: Morre nos EUA o fundador da gigante de alimentos Tyson Foods Próximo Texto: Venezuela pede menos rigidez ao BNDES Índice | Comunicar Erros |
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