São Paulo, segunda-feira, 07 de março de 2011

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Caixa lança título isento de IR a partir de R$ 10 mil

Papéis são vinculados a crédito imobiliário

GIULIANA VALLONE
DE SÃO PAULO

A Caixa Econômica Federal oferecerá nova opção de investimentos para pessoas físicas a partir desta semana.
O banco transformou uma parte de sua carteira de crédito imobiliário em um título que será vendido no mercado de capitais.
É a primeira vez que esses títulos, chamados de CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários), serão vendidos no varejo com aplicação mínima de R$ 10 mil -em operações semelhantes, o mínimo aceito é R$ 300 mil.
Os papéis, que têm como principal benefício a isenção de Imposto de Renda, serão remunerados por uma taxa fixa de 10% mais a TR (Taxa Referencial) ao ano.
É mais do que os 9,7% líquidos que um investidor ganharia hoje se pagasse IR de 17,5% (acima de 361 dias) e ainda conseguisse 100% do CDI, o que ocorre aplicando menos de R$ 250 mil.
Os CRIs são uma boa opção para quem pode deixar o dinheiro render a longo prazo -eles vencem em novembro de 2018.
Isso porque, para sair do título, a única opção é vendê-lo a outro investidor, o que pode ser bastante difícil.
Em caso de venda, o investidor paga IR se o CRI for repassado a um preço maior do que o de compra -nesse caso, a alíquota incide apenas sobre o ganho de capital.
A emissão terá valor total de R$ 232,8 milhões e terá como objetivo testar o apetite dos investidores pelos papéis. O volume é menor que os R$ 500 milhões projetados inicialmente pela Caixa.

RISCOS
Os riscos da aplicação estão relacionados à inadimplência nos financiamentos vinculados aos títulos.
Para reduzi-los, a Caixa cedeu à Brazilian Securities -que emitirá os papéis- 4.324 contratos de crédito imobiliário cujo prazo máximo para o término é de oito anos. Assim, é possível analisar o perfil desses tomadores de empréstimo.
Além disso, todos os contratos incluídos não apresentaram inadimplência pelo menos nos últimos 24 meses.
Para assegurar ainda mais o pagamento e diminuir os riscos, a Caixa comprará outros R$ 23,2 milhões -o equivalente a 10% do valor total- dessas emissões para absorver uma eventual inadimplência na carteira.
A Fitch Ratings atribuiu a nota "AAA" para o título, o menor risco na escala.


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