São Paulo, quinta-feira, 07 de abril de 2011

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Portos do país chegam ao limite, diz agência

Movimento sobe 14% em 2010, aponta Antaq

AGNALDO BRITO
DE SÃO PAULO

Os portos brasileiros movimentaram 833,9 milhões de toneladas em 2010, segundo relatório divulgado ontem pela Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários). O volume representa aumento de 13,8% sobre 2009, quase duas vezes o crescimento do PIB.
A agência afirma que esse volume é o limite da capacidade de movimentação de cargas no país. "Esse é o limite dos portos. Neste ano vamos ter que conviver com filas e atrasos", afirma Tiago Pereira Lima, diretor da Antaq, durante a feira Intermodal, em São Paulo.
Segundo ele, a necessidade de investimentos é urgente. Mas, embora haja urgência, a agência admite problemas para novos investimentos. O Plano Geral de Outorgas, que lista os principais projetos do país, ainda não saiu do papel. O primeiro projeto que pode ser tocado é o porto de Manaus.
A Antaq também avalia 14 pedidos de terminais privativos de uso misto, estes fora das áreas do porto organizado. O tema é controverso e ainda pode parar na Justiça.
Grupos querem montar terminais de contêineres (tecons) sob o rótulo de terminal privativo. Esses terminais não são concedidos, mas autorizados. O problema é que os terminais de contêineres alegam que muitos projetos querem usar atalho e criar disputa por um mercado que cresce com força no país.
Os terminais privativos só podem ser autorizados se o operador tiver movimento preponderante de carga própria, assim como ocorre com Vale e Petrobras.
A questão agora é definir o que é preponderante. Isso virou o problema. "É uma questão que pode levar à judicialização. E é isso que estamos tentando evitar", afirma Lima.


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