São Paulo, sábado, 07 de maio de 2011

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Procon lança banco de dados de recalls

Veículos respondem por 77% das convocações de 2002 a 2011; produtos de saúde ficam na segunda colocação

Para 72% das pessoas, os recalls não são bem divulgados; peças de convocação não são satisfatórias para 61%

FELIPE VANINI
SÃO PAULO

O Procon-SP (Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor de São Paulo) lançou ontem um banco de dados que reúne pela primeira vez informações sobre os pedidos de recall realizados no Brasil.
De acordo com o levantamento, que abrangeu o período de 2002 a 2011, os veículos corresponderam a 77% dos chamados. Em 2010, as montadoras bateram o recorde, com 65 campanhas de recall. Até maio deste ano, foram realizados 13 pedidos.
No período do levantamento, foram registrados 433 pedidos de recall. Depois dos veículos, os produtos de saúde tiveram a segunda maior participação, respondendo por 7,6% dos registros.
Os fornecedores são obrigados a convocar recall quando é detectado um "problema em produto ou serviço que põe em risco a saúde e segurança do consumidor".
Os dados da pesquisa do Procon paulista ficarão disponíveis para consultas no site do órgão.
Para o advogado Vinícius Zwarg, especialista em direito do consumidor do escritório Emerenciano, Baggio e Associados, o banco de dados diminui a carência de informações.
"Além de ser um serviço positivo para o mercado brasileiro, o portal vai municiar o consumidor em suas escolhas", afirmou Zwarg.
"Quando bem conduzido, o recall pode ser uma oportunidade para a empresa se aproximar dos consumi- dores."
O Procon-SP ainda divulgou uma pesquisa sobre a percepção do consumidor do que é recall: 85% dos consultados disseram saber o que é a operação.
Para 56% dos entrevistados, o recall seria aplicado a todo e qualquer produto e serviço; 25% responderam que seria aplicado a todo e qualquer produto; 11% responderam que se aplicava apenas a veículos; e 8% disseram que serviria para determinados produtos.

DIVULGAÇÃO
Ainda assim, para 72% dos consumidores, os recalls não são bem divulgados. As peças de convocação são insatisfatórias para 61%; só 34% avaliaram os chamados como satisfatórios. A lei determina a veiculação de anúncios em meios de comunicação de abrangência nacional.


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