São Paulo, terça-feira, 07 de junho de 2011

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Telebrás poderá fazer parceria com empresa para ampliar banda larga

Investimento previsto é de R$ 7 bi até 2014; maior parte deverá sair da iniciativa privada

Somente R$ 1 bilhão por ano virá do Orçamento; bancos, fundos de pensão e Correios cobrirão a diferença

JULIO WIZIACK
ENVIADO ESPECIAL A BRASÍLIA

Caio Bonilha assumiu a presidência da Telebrás com uma missão do ministro Paulo Bernardo (Comunicações): transformá-la em um balcão de aluguel de infraestrutura para massificar a internet.
O ministro disse que, para isso, será preciso investir R$ 7 bilhões até 2014. Bernardo afirmou que tem o compromisso da presidente Dilma Rousseff de que R$ 1 bilhão por ano sairá do Orçamento da União.
A diferença, principalmente em casos de contingenciamento orçamentário, será garantida por parcerias público-privadas.
"Já fui procurado por um grande banco privado interessado em participar como investidor", disse Bernardo.
Ainda segundo o ministro, é possível que fundos de pensão e os Correios também entrem nesse negócio, que funcionará como um fundo.
"Haverá cotas de investimento em rede", disse Bernardo. "Seria como se um grupo formasse um consórcio, administrasse uma rodovia e recebesse retorno, como ocorre com o pedágio."
A tarefa emergente do novo presidente da Telebrás é definir o plano de negócio para essas parcerias.

ALTERNATIVA
Hoje, empreendedores independentes e até operadoras recorrem às teles, principalmente as concessionárias (que têm maior cobertura), para conseguir contratos de aluguel de infraestrutura (rede). Em geral, o preço cobrado é elevado e acaba inviabilizando a oferta.
O ministro quer acabar com essa situação. Para Paulo Bernardo, essa política pode comprometer o PNBL (Plano Nacional de Banda Larga), especialmente em locais que estão distantes dos grandes centros.
Caberá à Telebrás ser uma "opção" e dar suporte às operadoras que quiserem oferecer pacotes pelo plano.
Reativada há cerca de um ano para ser uma das gestoras do PNBL, a estatal enfrentou dificuldades para fechar acordo com a Eletrobras e a Petrobras, que cederam parte de sua rede.
Segundo o ministro, a demora foi um dos motivos da demissão de Rogério Santanna, ex-presidente da estatal.


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