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País é 4º mais difícil para estrangeiro abrir subsidiária
São necessários 166 dias para iniciar operações, 3 vezes mais que a média global, afirma estudo do Banco Mundial
Todos os demais Brics
têm melhor avaliação
que o Brasil em índice
de facilidade para estrangeiro abrir firma
DE SÃO PAULO
O Brasil é o quarto país em
que as empresas estrangeiras
demoram mais tempo para
conseguir abrir subsidiária,
com a burocracia exigindo
quase meio ano para que
possam começar a operar.
As companhias estrangeiras necessitam de 166 dias
para iniciar operações no
Brasil, ou três vezes mais que
a média mundial, segundo
levantamento do Banco
Mundial com 87 países.
Em tempo, as dificuldades
para um estrangeiro abrir
uma empresa no Brasil só
perdem para as de Angola,
Haiti e Venezuela.
Em países como Canadá e
Ruanda, é necessário menos
de uma semana para a abertura de subsidiária.
A dificuldade para uma
empresa abrir subsidiária é
um dos itens pesquisados pelo organismo multilateral para avaliar as condições de um
país para receber investimento estrangeiro direto, setor que se recupera neste ano
após cair 40% em 2009.
"O investimento estrangeiro direto é crítico para o desenvolvimento de um país,
especialmente em tempos de
crise econômica", disse, em
nota, o vice-presidente do
Bird Janamitra Devan.
"Ele traz capital novo e
mais comprometido, introduz tecnologias e estilos de
gerenciamento, ajuda a criar
empregos e estimula a competição para baixar os preços
e melhorar o acesso da população a bens e serviços."
No índice geral de facilidade de estrangeiros iniciarem
a operação em um país (que
leva em conta oito fatores,
como a exigência de capital
mínimo), o Brasil também fica na metade de baixo da tabela, em 57º lugar.
Todos os Brics (grupo formado ainda por Rússia, Índia
e China) tiveram melhor avaliação que a brasileira.
O Banco Mundial, porém,
reconhece que, além dos
marcos regulatórios, os investidores são atraídos por
fatores como tamanho dos
mercados, recursos naturais
disponíveis e preços baixos.
Na semana passada, o
Banco Central reduziu a sua
previsão de entrada de investimento estrangeiro neste
ano no Brasil, de US$ 45 bilhões para US$ 38 bilhões,
devido à crise na Europa.
O resultado, se confirmado, será superior ao do ano
passado, quando entraram
US$ 26 bilhões no país, mas
abaixo do recorde de US$ 45
bilhões em 2008 -a crise global só chegou ao país em setembro daquele ano, com a
quebra do Lehman Brothers.
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