São Paulo, quinta-feira, 07 de julho de 2011

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Caderneta perde espaço para fundo de investimento

Busca por rentabilidade no 1º semestre estimula migração das aplicações

Poupança acumula rendimento de 0,61% no mês e de 2,98% no ano, e fundos de renda fixa, de 0,86% e 5,92%

EDUARDO CUCOLO
DE BRASÍLIA

Os investidores brasileiros reduziram suas aplicações na caderneta de poupança e optaram por destinar mais recursos para fundos de investimento no primeiro semestre de 2011.
Dados do Banco Central mostram que os saques na caderneta superaram os depósitos em R$ 3 bilhões no período, o que não acontecia desde 2006, quando houve saída de R$ 8 bilhões.
No mesmo período de 2010, os depósitos na aplicação mais tradicional do país superavam os saques em R$ 12 bilhões.
Em junho, a poupança registrou entrada de recursos pela primeira vez em três meses. O resultado ficou, no entanto, 95% abaixo do verificado em junho de 2010.
Já os fundos registraram uma captação de R$ 45,8 bilhões no semestre, queda de 1% em relação ao mesmo período de 2010, segundo dados da Anbima (Associação Nacional das Entidades do Mercado Financeiro).
Os fundos de renda fixa, que mais rivalizam com a poupança, tiveram aumento de 60% na captação.
Fundos multimercados e ações registraram mais saques que depósitos no primeiro semestre deste ano.

RENTABILIDADE
Especialistas atribuem o movimento à procura de grandes investidores por aplicações mais rentáveis, ao aumento da inadimplência no período e à inflação, que reduziu o poder de compra dos brasileiros.
A Caixa Econômica Federal, que responde por 34% das cadernetas no país, avaliou como positiva a recuperação da poupança em junho em relação ao verificado nos cinco meses anteriores.
O banco atribui essa procura a benefícios como isenção de tarifas e Imposto de Renda e ao fato de a aplicação não possuir valor mínimo para abertura da conta.
A caderneta de poupança acumula rendimento de 0,61% no mês e 2,98% no ano. Os fundos de renda fixa tiveram rentabilidade média de 0,86% e 5,92%, nos mesmos períodos, sem considerar o desconto do IR, que varia de 15% a 22,5%.
Os fundos de ações indexados ao Ibovespa perderam 10% no período. Os fundos de dividendos subiram 1,4%.


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