São Paulo, domingo, 07 de agosto de 2011

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Grupo gaúcho quer popularizar vendas da Apple no Brasil

Com expansão regional e foco em serviço, conglomerado Herval quer ser o principal sócio de Steve Jobs no país

Expansão das lojas iPlace faz parte dos R$ 80 milhões em investimento no varejo do grupo até 2012


Jefferson Bernardes/Preview.com
Germano Grings, vice-presidente do grupo Herval e diretor do braço de varejo do grupo

CAMILA FUSCO
DE SÃO PAULO

Nos poucos países em que a Apple tem presença própria no varejo, são as lojas Apple Store as responsáveis por reunir legiões de fãs em fila e nutrir o burburinho às vésperas de lançamentos da marca.
Onde não há essas lojas, como no caso do Brasil, são as revendas exclusivas que tentam ocupar esse espaço.
Maior parceiro da Apple em número de lojas, o conglomerado gaúcho Herval tenta se consolidar como o Principal distribuidor especializado da Apple no país.
Com nove lojas iPlace, que operam sob licenciamento dos produtos da marca, o grupo pretende atingir 13 revendas em 2011, além de Minas Gerais, Brasília, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
"A Apple já mostrou que consegue dominar o sonho de consumo dos brasileiros e já existe mercado para expansões regionais", afirma Germano Grings, vice-presidente do grupo Herval e diretor do braço de varejo do grupo.
Junto com os braços industriais, atacado e serviços, a operação da Apple deve ajudar o faturamento do Grupo Herval a chegar perto de R$ 2 bilhões neste ano.
Nos planos da iPlace estão unidades na capital paulista -incluindo o shopping de luxo JK Iguatemi-, na Grande São Paulo (São Caetano do Sul) e em Mato Grosso do Sul.
Grings, 46 -autointitulado "Applemaníaco"-, acredita que um dos trunfos para o sucesso da rede é o foco em serviços, como a criação de salas para treinamento em produtos e software.
Não à toa, Grings faz questão de acompanhar de perto a seleção dos vendedores.
"Não basta ser fanático por iPads e Macs, é necessário alguém disposto a até abrir mão de uma venda para indicar o melhor equipamento", diz. Hoje são 120 vendedores.

DESAFIO LOCAL
Popularizar os produtos da Apple, no entanto, não é tarefa fácil nem para a iPlace nem para outros revendedores, como iTown, pertencente à Saraiva, e A2You, do grupo Fast Shop.
Grings não fala em números, mas sabe-se que as margens ainda são pequenas em virtude do pequeno volume comercializado, efeito dos preços altos provocados principalmente pelos impostos.
À medida que iniciativas locais avançam -como a possível fabricação nacional de iPad e iPhone-, há expectativa de queda de preços de até 30% e aumento das vendas.
As novas revendas da Apple fazem parte dos R$ 80 milhões que o grupo Herval pretende investir no varejo até 2012 para expandir suas outras operações .
Além da iPlace, o grupo controla revendas corporativas da HP e a rede regional Taqí, de móveis, eletrônicos e artigos para casa.
"Diversificação é o forte do grupo. Assim como a Apple é referência em eletrônicos de consumo, queremos fortalecer as operações em cada uma das marcas que são fortes para o varejo", afirma.


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