São Paulo, sexta-feira, 07 de outubro de 2011

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Nissan investe R$ 2,6 bi e prioriza populares

Primeira fábrica da montadora no país será em Resende (RJ); produção começa em 2014

VENCESLAU BORLINA FILHO
ENVIADO ESPECIAL AO RIO

A Nissan vai investir R$ 2,6 bilhões na implantação de sua primeira fábrica no Brasil. A unidade será construída em Resende (RJ) e terá capacidade para produzir 200 mil veículos por ano.
O anúncio foi feito ontem pelo presidente mundial da Renault/Nissan, Carlos Ghosn, na sede do governo fluminense. A previsão é que a produção comece no primeiro semestre de 2014.
Segundo Ghosn, a estratégia será priorizar a produção de carros populares com o objetivo de aumentar a participação da marca no mercado brasileiro do atual 1,7% para 5% em 2016.
De acordo com o executivo, dos dez novos modelos de veículos que serão lançados até 2016 no país, ao menos quatro serão populares. Ele prometeu ainda que antes de 2016 o Brasil terá um carro com o "estilo brasileiro". Na estratégia dos populares, a Nissan já deu o primeiro passo no mês passado, com o lançamento do compacto March. O carro, produzido no México, chegou ao Brasil ao custo de R$ 27 mil (versão básica).
Com a nova fábrica, a previsão de Ghosn é que a marca aumente sua participação no segmento de veículos -populares, sedãs, luxo, esportivos- dos atuais 23% para 90% até 2016.
Atualmente, a Nissan produz no Brasil os modelos Livina, Grand Livina, X-Gear e o Frontier. A linha de produção está instalada na fábrica da Renault em São José dos Pinhais (PR) e produz anualmente 59 mil unidades.
Ghosn afirmou ainda que, inicialmente, a produção de veículos no Rio será exclusiva para o mercado interno e que, no futuro, poderá atender a América Latina. Já a unidade do México ficará voltada ao mercado local e à América do Norte.
Para enfrentar a concorrência das outras montadoras nacionais, Ghosn vai apostar na redução de custos. Para isso, segundo ele, a decisão de investir no Rio de Janeiro foi fundamental para atingir a meta.
O governo fluminense ofereceu incentivos fiscais e a proposta, segundo Ghosn, foi a mais "convincente" entre os quatro Estados que disputavam o investimento, entre eles São Paulo e Paraná.
A proximidade da fábrica com fornecedores, além da localização -próximo à divisa com São Paulo- e fácil acesso a rodovias, portos e aeroportos também foram apontados como pontos favoráveis à redução de custos.

O repórter VENCESLAU BORLINA FILHO viajou ao Rio a convite da Nissan.


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