São Paulo, quarta-feira, 08 de junho de 2011 |
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Governo ameaça atrair teles estrangeiras à banda larga Resistência das empresas pode levar governo a "convida" novos concorrentes Presidente Dilma já deu aval para medida extremada caso plano federal de internet demore demais a sair JULIO WIZIACK ENVIADO ESPECIAL A BRASÍLIA O ministro Paulo Bernardo (Comunicações) já tem aval da presidente Dilma para um chamamento público internacional caso as teles (fixas e móveis) não se comprometam com o PNBL (Plano Nacional de Banda Larga). Segundo o ministro, já existem novas empresas estrangeiras interessadas em entrar no mercado brasileiro. "A coreana SK Telecom é uma delas", disse o ministro. "Há também uma companhia americana, mas, nesse caso, interessada em prestar serviços telefônicos." Caso o governo não chegue a um acordo com as teles que já estão no mercado e precise fazer o chamamento, as novas companhias poderiam adquirir outras empresas que já têm rede instalada ou formar parceria com a Telebrás. Como antecipado pela Folha, a estatal funcionará a partir de agora por meio de parcerias público-privadas. Onde não houver interesse comercial de nenhuma empresa a Telebrás vai instalar as centrais com recursos da União e oferecer a infraestrutura para empreendedores locais independentes. O PNBL, um dos pilares do governo da presidente Dilma, pretende levar internet a 68% dos domicílios até 2014 com velocidade de 1 Mbps por até R$ 35. DEMORA As teles abriram negociação com o governo no início deste ano e ainda não houve consenso porque elas pedem contrapartidas para aderir ao plano do governo. Principalmente as concessionárias afirmam que teriam prejuízo em locais de baixo poder aquisitivo e isso poderia comprometer a qualidade do serviço prestado em regime público (telefonia). A internet é um serviço prestado em regime privado. "No Rio, o Exército entrou no Alemão e no dia seguinte as empresas de TV a cabo estavam instalando no morro", disse Paulo Bernardo à Folha. "Existe demanda. O que não existe é oferta." Fora do PNBL desde seu lançamento, as operadoras móveis apresentaram-se à negociação recentemente a pedido do governo. Em todos os países avançados com internet, a massificação do serviço ocorreu principalmente pelas redes móveis. "O investimento de uma operadora móvel em banda larga é menos da metade do que uma fixa precisa fazer", disse Mario Girasole, diretor de regulação da TIM, uma das mais interessadas. A operadora já está elaborando sua proposta de negócio pelo PNBL para ser parceira da Telebrás. Texto Anterior: Mercado Aberto Próximo Texto: "Teles terão que compartilhar redes" Índice | Comunicar Erros |
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