São Paulo, sexta-feira, 08 de julho de 2011

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Em construção da Petrobras, 2.000 não sabem ler

DO RIO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA


A refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, talvez seja hoje o exemplo mais emblemático do impacto da má formação escolar para a capacitação de mão de obra.
Em levantamento interno com os 17,5 mil funcionários, a Petrobras identificou necessidade de oferecer qualificação técnica para 10 mil trabalhadores. Desse número, 17% eram analfabetos funcionais e cerca de 40% não haviam terminado o fundamental. "As orientações de segurança, ele [trabalhador com baixa escolaridade] não consegue ler", diz o coordenador de Relações Institucionais da Petrobras na Refinaria Abreu e Lima, Antonio Aparecido Carrara.
Uma parceria com as contratadas da obra e o Sesi (Serviço Social da Indústria) passou a oferecer cursos de reforço escolar no canteiro.
O problema em Pernambuco não se restringe à fase de construção. Na região, 2.000 das 8 .000 vagas do Prominp (Programa de Mobilização da Indústria Nacional do Petróleo) não foram preenchidas porque os candidatos não alcançaram a nota mínima (2). O reforço também foi oferecido a esse público.
Segundo a diretoria de Integração das Redes de Educação Profissional e Tecnológica do MEC (Ministério da Educação), Patrícia Barcelos, o Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego) deve incluir um reforço em disciplinas básicas no 1º ano do ensino médio profissionalizante. Haverá também um esforço para ampliar o Proeja, que integra as educações profissional e básica a jovens e adultos.


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