São Paulo, sexta-feira, 08 de julho de 2011 |
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Banda larga pública tem download caro Programa impõe limite para baixar arquivos bem menor que a média de mercado a valor próximo dos praticados Limite equivale a 3 músicas por dia; empresas dizem que falta de rede em locais distantes dificulta CAROLINA MATOS DE SÃO PAULO Criado para popularizar a web e levar internet rápida a quem hoje não tem acesso, o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) impõe um limite para download de arquivos bem menor que a média já oferecida no mercado. E por um preço, proporcionalmente, não tão mais baixo assim. Quem assinar internet a partir do PNBL, que entra em vigor até 1º de outubro, vai navegar a uma velocidade de 1 Mbps (megabite por segundo), por R$ 35 mensais, e com permissão para baixar, no máximo, 300 MB (megabites) de arquivos por mês. Esse limite equivale a capturar três músicas por dia. Depois desse teto, o usuário pode continuar baixando arquivos, mas a velocidade cai. "A limitação de downloads preserva os pacotes atuais das operadoras, para que não haja concorrência com o novo produto, mais barato", diz Eduardo Tude, consultor e presidente da Teleco. "Para consultar e-mails, 300 MB devem ser suficientes." A Telefônica, presente no Estado de SP, oferece hoje um plano promocional com velocidade de 1 Mbps por R$ 29,90, com consumo ilimitado de dados. Além disso, cobra R$ 29,80 por um plano com máximo de 10 GB (gigabites) para download mensal -limite quase 34 vezes maior que o do PNBL- a uma velocidade de 256 Kbps, um quarto da determinada pelo governo. Mas a Telefônica diz que o estabelecimento dos 300 MB como limite de download no PNBL não teve relação com um possível risco de competição com pacotes existentes. Por e-mail, a companhia destacou que o público-alvo do PNBL é outro, de usuários iniciantes, e que os produtos "não disputarão espaço entre si". A Telefônica foi uma das quatro empresas que entraram no PNBL. As demais são Oi, Sercomtel e CTBC. ESTRUTURA Os tipos de plano e os valores cobrados pela Oi atualmente variam conforme a cidade e a rede existente em cada local. A companhia afirma que, onde há mais necessidade de investir em rede, os preços são mais altos. A empresa, que vai oferecer o plano de internet do PNBL a 4.668 cidades, também ressalta que não é viável, em municípios pobres e sem rede [foco do plano], começar a oferecer banda larga com limite de download elevado. A Net, que ainda não entrou no PNBL e diz não haver nenhuma previsão para isso, informa que oferece também planos de internet populares. De acordo com o Ministério das Comunicações, o acordo com as operadoras prevê que o limite de download suba para até 1 GB, conforme a empresa, em 2014. E destacou que as companhias estão elaborando um cronograma de atendimento e nenhuma cidade recebeu o novo produto ainda. Texto Anterior: Vinicius Torres Freire: A nossa guerra cambial particular Próximo Texto: GVT negocia perdão de dívida tributária com Estados Índice | Comunicar Erros |
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