São Paulo, sexta-feira, 08 de julho de 2011

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Banco do Brasil libera R$ 47,5 bi para a próxima safra agrícola

Financiamento de todas as fontes soma R$ 123 bi, volume 17% superior ao do ano passado

Do total que será liberado pelo BB, R$ 10,5 bilhões serão usados para financiar a agricultura familiar

ANA CAROLINA OLIVEIRA
DE BRASÍLIA

O Banco do Brasil vai liberar R$ 45,7 bilhões para financiamento da safra agrícola 2011/2012. O montante total para a safra é de R$ 123 bilhões. Outros R$ 77,3 bilhões serão financiados por outros bancos federais, privados e cooperativas de crédito rural.
Segundo o banco, esse volume é 17% superior ao destinado à safra passada. Do total que será liberado pelo Banco do Brasil, R$ 10,5 bilhões serão usados para financiar a agricultura familiar. Os outros R$ 35,2 bilhões vão ser destinados para os agricultores empresariais e cooperativas rurais.
Agricultores que desejarem retirar o financiamento pagarão juros que variam de 1% a 6,75%. Para os agricultores familiares, as taxas ficam entre 1% e 4,5%. Já para os produtores empresariais ou que fazem parte de cooperativa, os juros ficam entre 5,5% a 6,75%.
O vice-presidente de Agronegócios e de Micro e Pequenas Empresas do Banco do Brasil, Osmar Dias, disse que o financiamento está liberado desde o dia 1º. Segundo ele, foi feito um trabalho de treinamento com os funcionários do banco para atender aos produtores rurais.
Na safra 2010/2011, o BB informou que liberou R$ 39 bilhões -R$ 30,2 bilhões foram para a agricultura empresarial e outros R$ 8,8 bilhões para a familiar.
O Banco do Brasil informou que, no primeiro trimestre de 2011, a carteira de agronegócios do banco atingiu um montante de R$ 77,4 bilhões. Isso representa uma participação de 61,2% no Sistema Nacional de Crédito Rural -ranking que engloba todos os bancos que fazem operações de crédito rural.

PROGRAMA ABC
O Banco do Brasil vai destinar R$ 850 milhões para o Programa ABC (agricultura de baixo carbono). Segundo Dias, na safra 2010/2011, o Banco do Brasil não liberou nenhum empréstimo para o financiamento do programa.
Para ele, isso não ocorreu por problemas estruturais, como a falta de uma tecnologia especializada para esse programa. "Não houve operações por parte do Banco do Brasil [para o programa ABC]. Havia problemas estruturais que foram corrigidos. Era preciso criar toda a tecnologia, fazer todas as regras funcionarem de forma informatizada", declarou.
Para Dias, o programa ABC não avançou na safra passada por falta de divulgação. "O que não houve foi uma divulgação maior. [Existe] um desconhecimento. Eu mesmo não tinha conhecimento dessa linha de crédito [antes de entrar no Banco do Brasil] . Não houve também divulgação e nem procura por esse produto", disse.
O programa ABC tem como objetivo incentivar os produtores rurais a adotar boas práticas no campo para minimizar o impacto da emissão de gases de efeito estufa.


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