São Paulo, segunda-feira, 08 de agosto de 2011

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Tesouro Direto ganha apelo em época de crise

Expectativa de redução no juro em 2012 impulsiona título com taxa definida

Investidor pessoa física consegue comprar títulos com a mesma taxa e preço que bancos e fundos gigantes


TONI SCIARRETTA
GIULIANA VALLONE

DE SÃO PAULO

A Bolsa está arriscada e os mercados nervosos? O Brasil ainda tem os maiores juros do planeta para aplicações em renda fixa com baixo risco, que atraem investidores de todo o mundo em época de instabilidade global.
São investimentos que têm rendimento bruto perto de 12,5%, a nova taxa de juros da dívida pública (Selic). Uma taxa que pode voltar a cair no início de 2012 se a economia precisar de estímulo.
Para o investidor pessoa física, a melhor opção em renda fixa está no Tesouro Direto, site do governo que vende aos pequenos aplicadores títulos com o mesmo valor e taxa que oferece a bancos e fundos de investimento gigantes.
Quem precisar do dinheiro pode vender os papéis ao próprio Tesouro, mas só às quartas-feiras.
Os CDBs só dão taxas boas (perto da Selic) para grandes investidores e os fundos de investimento cobram taxas de administração pesadas para pequenos volumes, tornando o retorno menor do que o da poupança.
Na semana passada, os papéis da dívida prefixada (que têm uma taxa pré-definida) voltaram a subir com a perspectiva de redução dos juros em 2012. Antes do agravamento da crise, os investidores se voltavam para títulos pós-fixados, como a LFT (Letras Financeiras do Tesouro), que paga taxa Selic e têm menor risco de flutuação.
No Tesouro Direto era possível comprar na sexta uma LTN (Letra do Tesouro Nacional) com vencimento em 2017 com taxa de 12,47%. Para janeiro de 2013, a taxa era de 12,31% -embutia queda de 0,25 ponto nos juros em 2012.
"É muito provável que haja uma migração de títulos pós para prefixados", disse Alexandre Espírito Santo, professor do Ibmec-RJ.
Para Fabio Colombo, administrador de investimentos, os pós-fixados ainda deverão render mais do que os prefixados em agosto por conta do aumento de juros. "São opções de diversificação para investidores moderados e agressivos", disse.
"Dentro da corretora, o investidor tem a opção de aplicar no Tesouro Direto, que é mais barato e menos arriscado que um CDB ou um fundo. É um jeito de manter o dinheiro na corretora, para, quando a Bolsa voltar a subir, levar rapidamente os recursos de volta às ações", disse Leandro Martins, da Walpires.


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