São Paulo, sábado, 08 de outubro de 2011

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VAIVÉM

MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br

Abiec amplia participantes e muda peso do voto

A Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes) mudou o estatuto, abrindo espaço também para a participação de fornecedores da cadeia produtiva da carne.
Outra inovação do estatuto é a alteração na forma de pagamento das mensalidades e no peso dos votos dos associados.
Antonio Jorge Camardelli, reeleito presidente da entidade, diz que é importante a participação de outros setores, que ele chama de "colaboradores". A participação desses setores, que vão de fornecedores de insumos para a pecuária à produção de papelão, "vai integrar mais a cadeia", diz ele.
Quanto à participação das associadas no pagamento dos custos da entidade, as discussões foram mais caloro- sas, principalmente por parte dos frigoríficos menores. Foram discutidas três propostas, escolhidas entre seis.
A primeira decidia por um pagamento linear e igual para todas. A segunda tinha valor fixo, mas as empresas pagariam um adicional de 0,004% das exportações, até um limite-teto. Em compensação, teriam o direito de até dois votos a mais nas assembleias.
Foi adotada uma proposta que contempla parte das anteriores, segundo Camardelli. Ela estipula um valor mínimo mensal de pagamento das associadas à entidade, mais uma participação de 0,005% das exportações do semestre anterior.
As empresas que superarem US$ 500 milhões em exportações no semestre anterior à assembleia passam a ter direito a um voto a mais.
Pelos valores atuais, JBS e Marfrig têm esse voto extra. A associação tem 12 afiliadas, e os "colaboradores" não terão direito a voto.

Alívio A previsão de chuva para as próximas semanas melhorou o cenário nas lavouras de café. A preocupação era que ocorresse seca durante o período de floração da lavoura.

Queda Com o novo cenário, a expectativa agora é que não haja quebra de safra. Isso foi suficiente para jogar pressão de queda nos preços do café ontem no mercado futuro de Nova York. A queda foi de 4,3%.

Perto de 2010 A soja voltou a cair ontem no mercado externo, e os preços atuais já ficam próximos dos de há um ano, quando a oleaginosa era negociada a US$ 11 por bushel (27,2 kg).

Sem atravessador Um programa estadual para baratear o peixe no Amapá, eliminando os intermediários, reduziu os valores em até 50%. No último final de semana, foram vendidas dez toneladas.

Álcool cai no posto, mas sobe na usina

Os preços do álcool ainda caem nos postos de São Paulo, refletindo os valores praticados pelas usinas há uma quinzena.
Nesta semana, no entanto, as usinas voltaram a reajustar os preços, e estes devem ser repassados pelas distribuidoras aos postos nas próximas semanas.
Essa alta nas usinas não era esperada, uma vez que se previa maior oferta de álcool hidratado no mercado. A redução do percentual de mistura do anidro no início do mês forçaria as empresas a aumentar a venda de hidratado para fazer caixa.
O preço do etanol está 5% mais alto nas usinas neste ano do que em 2010, quando a falta de cana já começava a afetar as usinas. Nos postos de São Paulo, a alta é de 18,5% no mesmo período.
Apesar dessa alta de preços nos postos, o consumo mensal de álcool hidratado continua próximo de 1 bilhão de litros, volume considerado bom pelo mercado em vista dos preços atuais do produto.
A pesquisa semanal do Cepea indicou alta de 2,7% no álcool hidratado nesta semana nas usinas paulistas. O litro foi a R$ 1,2168. O anidro ficou estável: R$ 1,3710.
Nos postos, a pesquisa da Folha apontou redução de 0,5% nos preços do hidratado, para R$ 1,92 por litro.



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