São Paulo, quarta-feira, 08 de dezembro de 2010

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ADMINISTRAÇÃO DILMA

Superavit primário ficará abaixo da meta em 2011, diz Itaú Unibanco

DE SÃO PAULO - Mesmo promovendo um arrocho fiscal maior que o de 2003, a próxima administração conseguirá atingir um superavit primário de, no máximo, 2,5% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2011, segundo projeção feita pelo Itaú Unibanco.
O número é menor do que a meta oficial de 3,1% do PIB apresentada recentemente pelo governo.
O superavit fiscal primário é a diferença entre receitas e despesas do governo sem incluir o pagamento de juros.
A projeção de Ilan Goldfajn, economista-chefe do Itaú Unibanco e ex-diretor do Banco Central, considera que o governo congelará 22% das despesas não obrigatórias que constarem do projeto de lei orçamentária anual.
Entre as despesas não obrigatórias -ou discricionárias- estão investimentos em saúde e educação.
Em 2003, o governo Lula contingenciou 21% das despesas discricionárias.
Para atingir a meta de superavit primário de 3,1% em 2011, o percentual de despesas não obrigatórias congeladas teria de alcançar 25%.
"Não acho que isso seja factível", afirmou Goldfajn em apresentação para jornalistas.
Ainda assim, diz Goldfajn, um superavit primário de 2,5% do PIB representará um ajuste fiscal significativo. Segundo cálculo do banco, o superavit primário em 12 meses (descontadas manobras contábeis) atingiu apenas 1,6% do PIB em outubro passado.
(ÉRICA FRAGA)


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