São Paulo, quarta-feira, 08 de dezembro de 2010

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EMBRAER

Falta de demanda por ERJ-145 ameaça fechar fábrica na China

DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - Por ausência de demanda, a Embraer deve pôr fim em breve à produção do ERJ-145, primeiro jato comercial da empresa. Ele começou a ser desenvolvido no final da década de 1980.
A aeronave, com capacidade para 50 passageiros, marcou o renascimento da Embraer após a privatização, em 1994, no final do governo Itamar Franco (1992-1994).
No final da década de 1990, o 145 também deu origem à primeira família de jatos da fabricante brasileira. Ela inclui os modelos ERJ-135 e 140, que oferecem 37 e 44 assentos, respectivamente.
Ao longo de aproximadamente dez anos, esses aviões, usados em voos de curta distância ou rotas com demanda menor de passageiros, foram sucesso de vendas. Hoje, existem 890 deles voando pelo mundo -704 apenas do modelo 145.
Mas, nos últimos anos, eles perderam mercado por conta do aumento do preço dos combustíveis, que levou as empresas aéreas a optar por aviões maiores.
"A tendência é que não sejam mais produzidos jatos comerciais da família 145. A não ser que a gente receba uma encomenda grande", disse o vice-presidente executivo de Assuntos Corporativos da Embraer, Horacio Forjaz.
Ele ressalta que são pequenas as chances de isso vir a acontecer.
A última grande venda de 145 foi em 2006: 50 unidades para a empresa aérea chinesa Hainan. Em 2009, devido aos efeitos da crise financeira do ano anterior, a Hainan decidiu cancelar metade dos pedidos.
O fim da demanda pelo 145 também ameaça fechar a fábrica da Embraer na China, construída na cidade de Harbin. Para dar sobrevida à planta, a empresa negocia a montagem de aviões maiores ali.


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