São Paulo, quarta-feira, 08 de dezembro de 2010

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VAIVÉM

MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br

Receitas com vendas externas de café já somam US$ 5 bilhões até novembro

As estimativas de exportações recordes no setor de café vão se confirmando. Os dados de ontem do Cecafé (conselho dos exportadores) mostram que as vendas externas voltaram a superar os 3 milhões de sacas por mês.
Apenas de setembro a novembro saíram 9,9 milhões de sacas de café pelos portos brasileiros -incluindo as exportações de café verde e de solúvel. Nesse período, as receitas com o produto subiram para US$ 1,85 bilhão. No ano, somam US$ 5 bilhões.
Apesar do ritmo aquecido, as exportações de novembro ficaram um pouco abaixo do recorde de outubro.
O Cecafé e a Secex registraram vendas externas de 3,2 milhões de sacas em novembro, abaixo dos 3,5 milhões de outubro. Já as receitas recuaram de US$ 655 milhões em outubro para US$ 616 milhões em novembro.
As exportações em 12 meses (dezembro de 2009 a novembro de 2010) somam 32,1 milhões de sacas, com receitas de US$ 5,3 bilhões. O ritmo das exportações neste final de ano continua aquecido, e os valores previstos para este mês serão superiores aos de dezembro de 2009.
Os principais mercados para o Brasil continuam sendo os EUA e a Alemanha, cujas exportações ficaram próximas de 6 milhões de sacas (para cada um) nos nove primeiros meses deste ano.

Oferta melhor Os dados mais recentes do Icac (International Cotton Advisory Committee) apontam para 27,3 milhões de toneladas de algodão na safra 2011/12. Se confirmado, o volume superaria o consumo previsto de 25,3 milhões de toneladas.

Estoques O aumento de oferta em relação à demanda elevará o estoque final da safra 2011/12 para 11,2 milhões de toneladas. Nos últimos dois anos, os estoques vêm sendo apertados -cerca de 9 milhões de toneladas.

Demanda Apesar de projeções de crescimento da economia mundial, o Icac prevê que a demanda ficará praticamente estável em 2010/11, devido aos estoques limitados e aos preços elevados.

Recuo O algodão voltou a recuar ontem em Nova York. O primeiro contrato foi negociado a US$ 1,38 por libra-peso (454 gramas). Apesar da queda, os preços atuais superam em 95% os de igual período de 2009.

OLHO NO PREÇO
COTAÇÕES


Mercado Interno

FEIJÃO
(Reais por saca) R$ 86,00

Londres

BRENT
(Dólar por barril) US$ 90,80

Importação de fertilizante continua aquecida no ano

O ritmo de importação de adubos e fertilizantes se mostra aquecido neste segundo semestre, indicando que as indústrias continuam repondo estoques.
As compras de novembro foram menores do que as de outubro, mas ainda bem superiores às do ano passado.
Os gastos das indústrias com as compras externas atingiram US$ 630 milhões no mês passado, pouco abaixo dos US$ 719 milhões de outubro, mas 81% acima dos valores de igual período do ano passado.
Os dados são da Secex (Secretaria de Comércio Exterior) e mostram que o cenário de preços melhores no setor agropecuário também incentiva as importações.


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