São Paulo, quarta-feira, 09 de fevereiro de 2011

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Com medo da inflação, China sobe outra vez a taxa básica de juros

Aumento de 0,25 ponto é considerado insuficiente por analistas

Eugene Hoshiko/AssociatedPress
Em Xangai, turistas lotam rua de comércio decorada com alusão ao ano chinês do coelho

FABIANO MAISONNAVE
DE PEQUIM

A China reforçou ontem sua determinação em controlar a pressão inflacionária ao aumentar a taxa de juros pela terceira vez em quatro meses. A medida ocorre em meio a projeções de que a inflação tenha voltado a ganhar força.
O Banco Popular da China (BC) informou que, a partir de hoje, a taxa básica de juros é 6,06% ao ano, aumento de 0,25 ponto percentual. Já a taxa de depósito para um ano passa de 2,75% para 3%. A última elevação dos juros havia sido em 25 de dezembro.
Antes do início dessa série de aumentos, em outubro, a última elevação fora em dezembro de 2007, quando a taxa chegou a 7,47%. Em 2008, a China adotou uma política de redução de juros em meio a medidas para contra-arrestar a crise econômica.
Com retomada do crescimento assegurada, o problema agora é debelar a inflação, considerada pelo governo o principal problema da economia para este ano.
Tanto o banco Goldman Sachs quando um levantamento da agência Bloomberg projetam em 5,3% a inflação acumulada em 12 meses até o mês passado, ante 4,6% de dezembro.
O jornal "Financial Times" julgou que o aumento do juro foi baixo. O banco HSBC disse esperar pelo menos outro aumento de 0,25 ponto percentual na taxa até junho.
A China tem usado ainda outras medidas anti-inflacionárias, como elevações do depósito compulsório bancário, uso dos estoques estatais de alimentos e maiores restrições ao crédito.


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