São Paulo, sábado, 09 de abril de 2011 |
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commodities Vale faz maior oferta em mineral metálico desde a compra da Inco Proposta de US$ 1,1 bi por mineradora sul-africana pode ser o último negócio da era Roger Agnelli Objetivo é quintuplicar produção de cobre até 2015; para oferta valer, 75% dos acionistas da Metorex têm de aceitá-la AGNALDO BRITO DE SÃO PAULO Depois da turbulência provocada pela saída de Roger Agnelli e o anúncio do novo presidente, Murilo Ferreira, a Vale anunciou ontem uma oferta de US$ 1,125 bilhão (cerca de R$ 1,8 bilhão) pelas minas de cobre e cobalto da sul-africana Metorex. O negócio é parte do plano da mineradora para ampliar a produção e alcançar 1 milhão de toneladas de cobre em 2015. Em 2010, a produção foi de 207 mil toneladas. O cobre é o terceiro minério metálico mais utilizado na indústria mundial, com largo uso na fabricação de cabos de energia. O cobalto é um mineral usado como "aditivo" em superligas metálicas aplicadas em partes de turbinas de avião, turbinas para geração de energia ou como base de produtos químicos. Essa é a maior oferta da Vale por um ativo de mineral metálico desde novembro de 2006 -quando a companhia comprou a produtora canadense de níquel Inco por US$ 18,2 bilhões. Em 2010, a Vale fizera aquisição de maior valor -US$ 5,8 bilhões, mas por ativos no setor de fertilizantes. Como quarta maior compra da era Agnelli, o negócio com a Metorex pode ser o último do executivo. Ele deixa a Vale no dia 21 de maio. OFERTA A oferta da mineradora brasileira só será válida se 75% dos acionistas da Metorex aprovarem os termos da proposta. A Vale disse que pelo menos 25,4% dos acionistas da mineradora sul-africana teriam concordado com a transação. A Vale anunciou que pretende fechar o capital da Metorex. A empresa tem ações listadas na Bolsa de Johannesburgo, além de papéis negociados nas Bolsas de Frankfurt e Nova York. O negócio reforça a posição da Vale no chamado cinturão de cobre africano e transforma a empresa num dos maiores produtores do mineral do mundo. As duas minas da companhia sul-africana ficam nas cidades de Chibuluma, em Zâmbia, e em Ruashi, na República Democrática do Congo (ex-Zaire), na chamada África Austral, na região centro-sul do continente. A Vale já está presente na região. Desenvolve projeto em Konkola North (Zâmbia) e estuda outro em Kalumines (Congo). Em Chibuluma, ativo do qual a Vale quer 85%, a capacidade estimada para produção de cobre é de 18.600 toneladas. As reservas provadas e prováveis da mina são de 3,5 milhões de toneladas. Em Ruashi, negócio em que a mineradora pretende ter 75%, a capacidade de produção de cobre é de 36 mil toneladas, e a de cobalto, de 4.500 toneladas por ano. Ali, as reservas provadas e prováveis de cobre alcançam 22,2 milhões de toneladas. O cobre representou 3,5% das receitas operacionais da Vale em 2010. O cobalto, 0,1%. A Vale tem uma operação na mina de Salobo, em Carajás (PA). A capacidade de produção de cobre na província mineral paraense é de 100 mil toneladas por ano. A empresa tem produção de cobre em minas localizadas no Canadá e no Chile. Texto Anterior: Repercussão: Ação da Cosan cai com temor de taxação Próximo Texto: Mineração 1: Departamento que cobra R$ 4 bi da Vale troca de direção Índice | Comunicar Erros |
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