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Geólogo leva empresa de TI a 19 países
Grupo de tecnologia, que faturou R$ 674 milhões em 2009, está entre os mais internacionalizados do Brasil
Companhia cresceu com os próprios recursos e hoje possui 8.500 funcionários; aquisição e IPO estão nos planos
CAROLINA MATOS
DE SÃO PAULO
O geólogo de 49 anos não
imaginava cruzar tantas
fronteiras quando saiu da faculdade, no início da década
de 1980-embora viajar sempre tenha sido um de seus
grandes prazeres.
O primeiro limite ultrapassado foi o da própria profissão. Diploma em mãos, foi
buscar trabalho na área de
tecnologia do Bradesco.
Afinidade? A motivação,
na verdade, teve uma origem
bem mais prática.
"O país estava entrando
em uma crise que durou 15
anos. Não tinha emprego na
minha área", diz Marco Stefanini, fundador e presidente
da consultoria Stefanini IT
Solutions.
"Você aprende a gostar daquilo que faz", completa.
Com esse lema, o então
trainee de engenharia de
software faria da oportunidade casual seu meio de vida.
E, mais tarde, transformaria sua empresa em uma das
companhias mais internacionalizadas do Brasil, segundo
ranking da Fundação Dom
Cabral (veja quadro ao lado).
O grupo, que faturou globalmente R$ 674 milhões em
2009 (32% mais que em
2008), está hoje em 19 países.
EXTERIOR
Em todos os países em que
está, a empresa tem escritórios próprios, sem sócios. As
conquistas mais recentes, de
junho deste ano, foram os
mercados da Bélgica, da Holanda e de Luxemburgo.
A companhia presta serviços de desenvolvimento, manutenção e implementação
de sistemas e oferece suporte
técnico em tecnologia.
Além disso, há cinco anos
ampliou as atividades para
gestão de outras áreas das
empresas atendidas, como
recursos humanos, compras
e contas.
O foco sempre esteve em
grandes clientes. E a estratégia é continuar assim.
"Atendemos os 10 maiores
bancos do país, as 12 maiores
seguradoras, grupos de telecomunicações, além de indústrias e empresas de serviços", diz Stefanini.
Gerdau (na siderurgia),
Azul (na aviação) e Ticket (na
alimentação) são exemplos
da diversidade de setores em
que a consultoria atua.
Um portfólio de peso para
a empresa que nasceu 23
anos atrás com um único
funcionário: o próprio dono.
Stefanini abriu o negócio
aos 26 anos de idade.
"Não era uma empresa;
era uma "eu-presa'", brinca.
"Eu oferecia treinamento técnico em tecnologia. Era professor, vendedor e gerente."
EXPANSÃO
Nove anos depois da fundação da companhia, veio a
primeira investida no exterior: na Argentina, em 1996.
Em 2000, foi a vez de Chile.
No ano seguinte, Peru, Colômbia, México e Estados
Unidos. Em 2003, Espanha,
Portugal e Itália.
A partir daí, a expansão internacional ganhou força.
Mais países entraram na lista, incluindo Reino Unido,
Canadá e Índia.
E hoje, no comando de
8.500 funcionários, Stefanini
diz que a intenção da empresa é dar continuidade ao
crescimento lá fora.
"Fiquei mais forte no Brasil pela minha atuação global", avalia.
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