São Paulo, segunda-feira, 09 de agosto de 2010

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Geólogo leva empresa de TI a 19 países

Grupo de tecnologia, que faturou R$ 674 milhões em 2009, está entre os mais internacionalizados do Brasil

Companhia cresceu com os próprios recursos e hoje possui 8.500 funcionários; aquisição e IPO estão nos planos

CAROLINA MATOS
DE SÃO PAULO

O geólogo de 49 anos não imaginava cruzar tantas fronteiras quando saiu da faculdade, no início da década de 1980-embora viajar sempre tenha sido um de seus grandes prazeres.
O primeiro limite ultrapassado foi o da própria profissão. Diploma em mãos, foi buscar trabalho na área de tecnologia do Bradesco.
Afinidade? A motivação, na verdade, teve uma origem bem mais prática.
"O país estava entrando em uma crise que durou 15 anos. Não tinha emprego na minha área", diz Marco Stefanini, fundador e presidente da consultoria Stefanini IT Solutions.
"Você aprende a gostar daquilo que faz", completa.
Com esse lema, o então trainee de engenharia de software faria da oportunidade casual seu meio de vida.
E, mais tarde, transformaria sua empresa em uma das companhias mais internacionalizadas do Brasil, segundo ranking da Fundação Dom Cabral (veja quadro ao lado).
O grupo, que faturou globalmente R$ 674 milhões em 2009 (32% mais que em 2008), está hoje em 19 países.

EXTERIOR
Em todos os países em que está, a empresa tem escritórios próprios, sem sócios. As conquistas mais recentes, de junho deste ano, foram os mercados da Bélgica, da Holanda e de Luxemburgo.
A companhia presta serviços de desenvolvimento, manutenção e implementação de sistemas e oferece suporte técnico em tecnologia.
Além disso, há cinco anos ampliou as atividades para gestão de outras áreas das empresas atendidas, como recursos humanos, compras e contas.
O foco sempre esteve em grandes clientes. E a estratégia é continuar assim.
"Atendemos os 10 maiores bancos do país, as 12 maiores seguradoras, grupos de telecomunicações, além de indústrias e empresas de serviços", diz Stefanini.
Gerdau (na siderurgia), Azul (na aviação) e Ticket (na alimentação) são exemplos da diversidade de setores em que a consultoria atua.
Um portfólio de peso para a empresa que nasceu 23 anos atrás com um único funcionário: o próprio dono.
Stefanini abriu o negócio aos 26 anos de idade.
"Não era uma empresa; era uma "eu-presa'", brinca. "Eu oferecia treinamento técnico em tecnologia. Era professor, vendedor e gerente."

EXPANSÃO
Nove anos depois da fundação da companhia, veio a primeira investida no exterior: na Argentina, em 1996.
Em 2000, foi a vez de Chile. No ano seguinte, Peru, Colômbia, México e Estados Unidos. Em 2003, Espanha, Portugal e Itália.
A partir daí, a expansão internacional ganhou força. Mais países entraram na lista, incluindo Reino Unido, Canadá e Índia.
E hoje, no comando de 8.500 funcionários, Stefanini diz que a intenção da empresa é dar continuidade ao crescimento lá fora.
"Fiquei mais forte no Brasil pela minha atuação global", avalia.


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