São Paulo, terça-feira, 09 de agosto de 2011

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'Apples' e 'Googles' esquentam a disputa para atrair funcionários

DA ENVIADA A CHENNAI

Com cerca de 500 mil engenheiros formados anualmente, a Índia é hoje um "oásis" de mão de obra qualificada em tecnologia, situação que não deve se repetir nem de perto nos países latinos.
A maior unidade da TCS para desenvolvimento de software, terceirização de processos e prestação de serviços em infraestrutura na Índia, com base em Chennai, tem capacidade para 26 mil funcionários.
Principal mercado na região, o Brasil precisa atualmente de 60 mil engenheiros por ano, mas forma 32 mil. A concorrência é especialmente difícil quando outras companhias de grande apelo entre os recém-formados, como as gigantes de internet, disputam os mesmos talentos.
"Em lugares como a Índia, onde a TCS já é amplamente conhecida, não há dificuldades. Mas, em lugares como a América Latina, disputar a atenção dos estudantes com 'Apples' ou 'Googles' pode ser especialmente desafiador", afirma Ajoy Mukherjee, diretor global de RH.
Para fazer o marketing da empresa na região, a TCS estuda, além de intensificar o trabalho de divulgação da empresa com as universidades, modificar a forma de remuneração.
"Os recém-formados atuais, principalmente os ocidentais, querem gratificação instantânea, não querem pensar na aposentadoria. É necessário estudar pacotes desse tipo que deixem o trabalho interessante", afirma.
Contratar profissionais de tecnologia mais velhos em vez de recém-formados também é outra tática.
Globalmente, a faixa etária média dos funcionários que ingressam na TCS é de 18 a 24 anos, mas a empresa considera captar profissionais entre 28 e 32 anos.
"Profissionais com família que querem uma organização estável são o alvo", diz.
Para Celso Poderoso, coordenador da Fiap, os tecnólogos podem solucionar parte do problema. Segundo ele, profissionais formados em cursos de curta duração podem ser alternativa para quem precisa de gente para tarefas especializadas.


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