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MERCADO ABERTO
MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br
Cliente fica desorientado na emissão da Petrobras
Corretoras têm preferido
não esclarecer dúvidas de
clientes interessados na capitalização da Petrobras. Iniciado o "quiet period" (período de silêncio), instituições
financeiras ficam impedidas
pela CVM de fazer recomendações sobre a operação.
"Podemos orientar, mas
não recomendar. Mas, como
a linha é muito tênue, optamos por não falar nada", afirma Paulo Levy, diretor-executivo da Icap Brasil.
Os clientes da corretora
têm ligado à procura de informações. A orientação é buscar o prospecto, oferecido
por CVM e Petrobras.
A Planner segue a mesma
linha. "Ao lerem o prospecto,
os clientes avaliam o risco da
operação e depois procuram
a corretora só para fazer o pedido de reserva", informa por
meio de sua assessoria.
"O problema é que o prospecto tem centenas de páginas. Os clientes do "home
broker" recorrem a fóruns na
internet, conversam entre
eles", diz Levy.
Interessados ainda querem entender detalhes e a
maior das dúvidas é se vale a
pena participar.
O período de silêncio dura
desde o momento em que a
operação foi estabelecida oficialmente até a publicação
de seu resultado.
Os últimos grandes casos
em que os clientes tiveram as
portas da corretoras fechadas para informação foram
VisaNet e Banco do Brasil.
Também foram procuradas as corretoras Spinelli,
Ágora, SLW, Link Trade, Fator e Ativa. Algumas informaram que não se manifestariam. Outras responderam
que seus porta-vozes não poderiam atender até o fechamento desta edição.
DE OLHO NO SUL
A Bncorp, incorporadora
com foco em edifícios comerciais, lançará até o final deste
ano dois novos empreendimentos em São Paulo.
Um deles será na Vila Olímpia, com 260 salas comerciais.
A empresa projeta fechar este
ano com VGV (Valor Geral de
Vendas) de R$ 300 milhões,
segundo o presidente da incorporadora, Cesar Worms.
A empresa, que atua em São
Paulo e no Rio, estuda expansão para outras regiões. "Estamos de olho no Sul do país, como os Estados de Paraná e
Santa Catarina", diz Worms.
A Bncorp nasceu de uma
parceria entre a construtora
Bueno Netto e o fundo MaxCap, que conta com investimentos do Bank of America.
Com a escassez de terrenos,
a empresa tem investido em
"retrofits" (reformas e adequações de prédios antigos).
"O "retrofit" é uma alternativa interessante para as grandes cidades, por causa da dificuldade em encontrar terrenos e da rigidez do processo de
aprovação de projetos novos."
ALTA DO ETANOL
O etanol subiu pelo segundo mês consecutivo em São
Paulo, com alta de 4,27% em
agosto, para R$ 1,435 o litro,
segundo a Ticket Car.
Apesar do aumento, o Estado segue como o mais econômico para abastecer o carro. O Acre é o local mais caro,
onde o litro sai por R$ 2,416.
Na média do país, o combustível registrou aumento
de 1,37% no mês passado,
para R$ 1,87 o litro.
Prefeitos... A Frente Nacional de Prefeitos (FNP) enviou ontem carta aos candidatos à Presidência em que pede
comprometimento com cem
cidades populosas (g100) com
baixa arrecadação.
...e cidade-dormitório
Enquanto a média da receita
por habitante das cidades brasileiras foi de R$ 1.415,9, em
2008, nas cidades que fazem
parte do g100, a receita média
foi de R$ 829,5 habitante/ano,
segundo a FNP.
DECISÕES CLARAS
Para melhorar suas performances, as empresas
brasileiras precisam ter
mais clareza nos critérios
adotados para a tomada de
decisão, segundo Michael
Mankins, sócio da consultoria Bain & Company.
Para Mankins, muitas vezes, não se sabe ao certo
quem deve tomar as decisões na companhia.
"As empresas que tomam
as melhores decisões, as tomam mais rápido", diz ele.
Identificar quais os caminhos mais importantes para
a companhia é o ponto de
partida, mas nem sempre as
organizações têm essa consciência, segundo Mankins.
O executivo está em São
Paulo para lançar o livro "A
Organização que Decide -
Cinco Passos para Revolucionar o Desempenho de
sua Empresa" (Editora Harvard Business Review).
A obra já foi publicada em
inglês, francês, português e
espanhol e terá versão em
chinês e coreano em 2011.
ALÔ, CLASSE C
O motor do crescimento da
indústria de celulares no Brasil está na classe C, que lidera
entre os consumidores que
possuem várias linhas.
Quase 40% dos indivíduos
possuem três ou mais linhas.
O índice é maior que o verificado na classe AB, em que a
posse de mais de três linhas
está em 34%. Na classe DE, a
parcela é de 27%.
A conclusão é de levantamento da empresa de pesquisa Kantar Worldpanel, que
no Brasil acompanha semanalmente o consumo de 8,2
mil domicílios.
As famílias da classe C foram responsáveis pela compra de cerca de 5 milhões de
linhas entre janeiro e março.
A segunda maior compradora foi a classe AB, com 4 milhões de linhas, seguida pela
DE, com 3 milhões.
O acesso a produtos de alta
tecnologia cresceu entre as
classes de baixa renda. Entre
os 3 milhões de indivíduos
que possuem smartphone,
27% estão na classe C. A penetração dos equipamentos
mais avançados é de 26% na
classe DE. Na classe AB, os
smartphones atendem 47%.
com JOANA CUNHA, ALESSANDRA KIANEK e FLÁVIA MARCONDES
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