São Paulo, sexta-feira, 09 de setembro de 2011

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Agência Africa se expande para os EUA

Na contramão, empresa, que já recebeu proposta de grupos estrangeiros, vai para Nova York e San Francisco

'É natural que a gente seja abordado, quando é a última casa na praia. Mas não tenho interesse', diz Nizan


DO ARTICULISTA DA FOLHA

Diante de uma invasão estrangeira nas agências de publicidade brasileira, a agência Africa está em uma direção oposta.
A empresa está se expandindo para "Nova York, San Francisco, depois Londres, Hong Kong", segundo o publicitário Nizan Guanaes.
"O mundo é um monte de oportunidades, acabou aquela história de centro", diz.
Ele confirma que vem recebendo propostas de grupos estrangeiros.
"É natural que a gente seja abordado, quando é a última casa na praia. Mas não tenho nenhum interesse. Vou vender por quê? O Brasil que represento é um Brasil comprador."
Sergio Amado, presidente da Ogilvy no Brasil, do grupo WPP, elogia o publicitário.
"Eu sempre celebro esse tipo de atitude de Nizan, de um concorrente, porque o Brasil precisa exportar esse tipo de tecnologia."

EXPORTAÇÃO
E destaca que a Ogilvy brasileira criou campanhas como a da Fanta, "exportada para 30 ou 40 países".
Por outro lado, Guanaes anota que "o publicitário [de uma agência comprada] vai acabar voltando ao mercado, abrindo agência, porque tem demanda".
Foi o que acelerou o investimento no mercado brasileiro, de acordo com Orlando Marques, presidente da Publicis Brasil.
"A orientação do grupo é: 'O Brasil está crescendo? Eu quero avaliar as oportunidades'", afirma o presidente da Publicis Brasil.
"E agora essa prioridade dos grandes grupos internacionais aumentou ao nível máximo", acrescenta Amado, do WPP, citando a queda no crescimento do mercado publicitário na Europa e nos Estados Unidos, em contraste com os Brics. (NELSON DE SÁ)


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