São Paulo, sexta-feira, 09 de setembro de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros Número de chineses bilionários duplica em apenas dois anos Com US$ 11 bi, Liang Wengen lidera; 1/4 dos mil mais ricos são do setor imobiliário FABIANO MAISONNAVE DE PEQUIM Apesar da fragilidade da economia global, o número de chineses bilionários mais do que dobrou em dois anos. Com US$ 11 bilhões, encabeça a lista Liang Wengen, da fabricante de equipamentos para construção Sany, que recentemente abriu unidade em São José dos Campos (SP). Os chineses com um patrimônio acima de US$ 1 bilhão chegam a 271, segundo a reputada lista anual preparada pelo grupo de mídia Hurun e divulgada anteontem. No ano passado, havia 189 bilionários, e, em 2009, eram 130. Ou seja, houve um salto de 108%. Como em anos anteriores, o setor imobiliário mostra força: 235 dos mil mais ricos atuam na área. Na parte de cima da lista está Xu Jiayin, dono da equipe de futebol Guangzhou Evergrande, que neste ano tirou do Fluminense o meia argentino Conca, na maior contratação da história do futebol chinês. A força do setor imobiliário é boa notícia para a mineradora Vale, cujo minério de ferro exportado para a China termina em boa parte empregado na construção civil. "Os números demonstram que a China continua no meio de seu incansável boom imobiliário", afirma Rupert Hoogewerf, nascido em Luxemburgo, radicado na China e criador da lista, em 1999. Por outro lado, diz, a grande novidade neste ano foi o aparecimento de fortunas ligadas ao mercado de ações, com a abertura de capital de empresas, principalmente do setor manufatureiro. AMIGO DO REI O relatório mostra ainda que o rico chinês tem como perfil típico o ex-funcionário do governo que criou negócio próprio por volta de 1993 e com idade média de 51 anos. "É impossível montar negócio sem ter conexões no governo", diz Hoogewerf. "O primeiro segredo das pessoas da lista é que elas crescem no ritmo dos governos locais." Ontem, a revista "Forbes' também divulgou a sua lista dos bilionários chineses. Nela, Liang, da Sany, também figura em primeiro lugar. Texto Anterior: Investimentos: De olho no Nordeste, Grupo Boticário vai investir R$ 355 milhões na Bahia Próximo Texto: FOLHA.com Índice | Comunicar Erros

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