São Paulo, sexta-feira, 09 de setembro de 2011

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Ação da Usiminas dispara após rumores

Suposta oferta da CSN para compra de 26% das ações da siderúrgica mineira fez papel ON da Usiminas subir 8%

Neste ano, a CSN multiplicou por três o total de ações PN e por dois o número de papéis ON de emissão da rival

AGNALDO BRITO

DE SÃO PAULO

As ações da Usiminas tiveram ontem a maior alta entre os papéis que compõem o Ibovespa, principal índice da Bolsa paulista.
As ações ordinárias (ON), que possuem pouco movimento na BM&FBovespa, subiram ontem 7,99% e fecharam a R$ 23,65.
A disparada das ações ocorreu devido a suposta oferta feita pela CSN (Companhia Siderúrgica Nacional).
Segundo reportagem do jornal "O Estado de S. Paulo", a companhia teria apresentado oferta para assumir o controle da Usiminas, numa negociação que envolveria 26% das ações da Votorantim e da Camargo Corrêa.
Procurada, a CSN informou, por intermédio de nota, que não comentaria "especulações de mercado".
Os rumores cresceram sobretudo pelo movimento empreendido pela CSN ao longo deste ano.
Desde janeiro, a CSN já emitiu quatro comunicados informando sobre compras de ações ordinárias e preferenciais (PN) no mercado secundário de ações.
Em 27 de janeiro deste ano, a companhia anunciou que tinha em sua tesouraria um bloco de 5,03% das ações ordinárias da Usiminas, além de uma fatia de 4,99% de papéis preferenciais.
Em 19 de agosto (quarto anúncio do ano), a empresa já havia multiplicado por dois o volume de ações ON, alcançando 11,29%, e por três o total de ações PN em carteira, atingindo 15,15%.
A Votorantim e a Camargo Corrêa não se pronunciaram sobre a suposta oferta da CSN. Mas, caso a negociação ainda se confirme, a Nippon Steel -parte do bloco de controle da Usiminas- terá de ser consultada para dizer se exercerá ou não o direito de preferência na aquisição dos papéis.
A ofensiva da CSN sobre a Usiminas pode criar um novo supergrupo siderúrgico no Brasil, ao lado da Gerdau.
O negócio também representaria imensa concentração no mercado de aços planos, segmento responsável por abastecer o setor automotivo e de linha branca.
Procurada, a CVM (Comissão de Valores Mobiliários), responsável por fiscalizar a equidade das informações no mercado de capitais, não se pronunciou sobre o assunto.


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