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FOCO
Executivos precisam aprender a dizer "não sei", diz economista americanoExecutivos precisam aprender a dizer "não sei", diz economista americano
CAROLINA MATOS
DE SÃO PAULO
"Desafio os CEOs [presidentes de empresas] a responder "não sei" a pelo menos uma pergunta na próxima semana", propôs o economista americano Steven
Levitt, que se apresentou ontem à plateia de mais de
4.000 pessoas da HSM ExpoManagement, em São Paulo.
A palestra de Levitt, coautor dos livros "Freakonomics" e "SuperFreakonomics" -que abordam a economia por meio de reflexões
pouco tradicionais-, foi
uma das principais atrações
da feira de negócios, que começou ontem na cidade e vai
até amanhã.
David Ulrich, autor de
mais de 20 livros sobre recursos humanos, e Jim Collins,
especializado em sustentabilidade, são alguns dos palestrantes que ainda apresentarão seus trabalhos.
Ontem, logo na sua apresentação, Levitt classificou-se como "controverso".
Sobre o convite que fez aos
empresários para admitir
que não sabem tudo, disse
que, por um lado, no mundo
dos negócios, transmitir ignorância costuma ser algo
malvisto, especialmente para gestores de empresas.
Entretanto, por outro, afirmou, as pessoas "simplesmente não aprendem se estão convencidas de que sabem todas as respostas".
MACACOS E DINHEIRO
Falando sobre pesquisas
no mínimo inusitadas -como a que introduziu o uso do
dinheiro em uma comunidade de macacos-, Levitt prendeu a atenção de muitos durante a palestra de uma hora
e meia, embora alguns ouvintes tenham abandonado a
sala antes do final.
"Levou seis meses para
que os macacos entendessem a lógica do dinheiro. Mas
aprenderam e se tornaram
tão parecidos com os humanos que passaram a utilizar a
moeda para comprar sexo."
Considerações sobre o
"mercado da prostituição",
aliás, tomou boa parte da palestra do economista.
Por analogia, o professor
defende que os negócios, não
importa a que segmento pertençam, têm similaridades.
"É preciso abrir a mente."
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