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MERCADO ABERTO
MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br
Setor de brinquedo prevê crescer 15% com barreira a importado
Presenteado pelo governo
no final de dezembro com
um aumento de imposto a
importações, o setor brasileiro de brinquedos registrou
crescimento de 11% no ano
passado.
O faturamento da indústria, que combateu a entrada
de produtos chineses durante todo o ano, ficou em R$ 3
bilhões, segundo levantamento da Abrinq (Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos).
A elevação de 20% para
35% do tributo ao importado
deve contribuir para um crescimento de 15% do mercado
nacional em 2011.
Para isso são esperados
cerca de 2.000 lançamentos
no mercado de brinquedos.
A meta do setor é ganhar
mais de 5% de participação
sobre os chineses, origem de
quase 90% das importações
brasileiras.
Hoje o mercado está dividido em 60% de importados
e 40% de produção nacional.
"Estamos otimistas quanto ao enfrentamento aos produtos chineses. O Brasil é um
dos únicos sobreviventes do
ataque chinês na América.
Praticamente todos os mercados foram quebrados pela
China, que produz 85% do
brinquedo do mundo", diz
Synésio Batista da Costa, presidente da Abrinq.
As vendas no último Dia
da Criança, principal data
para o comércio de brinquedos, com 40% da participação anual, tiveram incremento de 12% ante o mesmo
período do ano anterior.
No Natal, que representa
30%, a alta foi de 9% na mesma base de comparação.
O maior volume ficou concentrado em jogos cartonados, bonecas e carros com
controle remoto.
LÍNGUA SOLTA
A rede de escolas de inglês
para adultos Wise Up, pertencente ao Ometz Group,
planeja expansão neste ano.
A estratégia entra em prática em tempos de avanço da
concorrência, como o Grupo
Multi, da Wizard, que comprou recentemente a Yázigi.
Até março, a Wise Up vai
abrir 75 escolas, para superar
as 300 unidades no país, segundo Flávio Augusto, presidente do grupo.
A empresa, que já está
presente na Argentina, chega neste mês aos EUA.
"No ano passado, abrimos no Brasil uma a cada
2,5 dias", diz Augusto.
Com 650 pontos atualmente, o grupo engloba as
bandeiras You Move, Lexical, Wise4U e Go Getter.
A meta é chegar a 850 no
final deste ano.
TVs 3D venderão 500% mais neste ano,
diz pesquisa
O aumento nas vendas de
televisores 3D será de 500%
em 2011, de acordo com estudo da consultoria Accenture.
O preço ainda é o principal
obstáculo para a aquisição
desse produto, segundo 57%
dos 8.000 entrevistados.
Entre os jovens até 24
anos, a reclamação sobre os
valores das TVs 3D é de 64%.
A pesquisa revela também
que há mudança no perfil
dos consumidores de celulares, que estão migrando para
aparelhos mais caros e com
novas funções.
Assim, a quantidade de
smartphones vendidos será
26% maior no próximo ano,
segundo a Accenture.
Outros produtos que vão
vender mais em 2011 são os
tablets e os "ebooks", 160% e
133%, respectivamente.
Eles ocuparão parte do
mercado que é dos laptops,
cuja procura cairá 39%.
O estudo analisou a intenção de compra dos consumidores em relação a 19 produtos e foi realizado em oito países: Brasil, Alemanha, China, Estados Unidos, França,
Índia, Japão e Rússia.
Karime Xavier/Folhapress
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Heron do Carmo (à esq.) e José Dutra Sobrinho, do Corecon-SP
INFLAÇÃO SETORIAL
Os economistas Heron
do Carmo (FEA/USP) e José
Dutra Sobrinho (Insper) assumem neste mês como
presidente e vice, respectivamente, do Corecon-SP
(Conselho Regional de Economia de São Paulo).
"Queremos que o conselho participe mais do debate econômico", diz Carmo.
"Formaremos comissões
para discutir temas, como
câmbio, inflação e orçamento público, e apresentar à sociedade", diz Dutra.
Carmo defende a redução gradual do teto da meta
de inflação, para 4%.
Para reduzir, o governo
deveria aprimorar o sistema de indexação, na opinião de Carmo. "Cada contrato tem sua realidade de
custo. E o índice, como o
IGP, não reflete a realidade
de cada setor. Não deveriam usar um índice geral
para reajustar os contratos, como os de pedágios."
Para o economista, os
contratos mais importantes, como de telefonia e
energia, deveriam ter índices setoriais, que reflitam
os custos da atividade,
além de um fator moderador que meça a alta de demanda e de rentabilidade.
"O ganho deveria ser repassado ao consumidor,
via alta menor da tarifa."
SEM PONTUALIDADE
Passadas as festas de fim
de ano, os atrasos acima de
30 minutos e cancelamentos
das empresas aéreas continuam, segundo levantamento da Infraero. TAM e Webjet
tiveram porcentagens maiores de fila de espera.
com JOANA CUNHA, ALESSANDRA KIANEK e VITOR SION
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