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MERCADO ABERTO
MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br
Sebrae e Abdib fecham acordo para fornecedoras
O Sebrae e a Abdib (Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base)
assinam hoje convênio para
incentivar as micro e pequenas empresas a serem fornecedoras das grandes companhias do país.
O acordo prevê a realização de rodadas de negócios,
após o mapeamento inicial
das oportunidades, para o fechamento de contratos.
A prioridade é o fornecimento de bens e de serviços.
"Muitas empresas não têm
conhecimento de como acessar programas de evolução
tecnológica, para inovação e
treinamento. Essa aproximação pode facilitar o processo", diz o presidente da Abdib, Paulo Godoy.
"As associadas da Abdib
são responsáveis por obras
de mobilidade urbana e pelos estádios da Copa do Mundo. Com o acordo, os projetos
poderão ter seus custos reduzidos", diz Luiz Barretto, presidente do Sebrae, que mantém ações semelhantes com
Gerdau, Petrobras e Vale.
Hoje, apenas 16% do faturamento das micro e pequenas são relativos a vendas
para grandes empresas.
O Sebrae quer aumentar o
índice, assim como o percentual representado por vendas
ao governo, de 4%.
PONTAPÉ NA BOLA E NOS NEGÓCIOS
O ex-jogador Ronaldo oficializou ontem contrato
com o Extra para que sua
empresa de marketing, a
9ine, trabalhe a imagem da
rede de supermercados como patrocinadora oficial da
seleção brasileira.
O negócio vale até a Copa
e inclui a discussão da renovação do patrocínio da CBF
(cerca de R$ 5,2 milhões
anuais), que também se encerra em 2014.
As empresas não divulgaram o valor do contrato.
A agência do ex-jogador
atua tanto com gerenciamento de carreira de atletas
como com marketing.
Em sua primeira entrevista após a despedida dos
campos, Ronaldo afirmou
que a 9ine entrará em todos
os setores em que houver interessados em associar sua
imagem ao esporte.
A 9ine tem outras duas
empresas clientes: a Duracell e a farmacêutica GlaxoSmithKline. Para ambas,
Ronaldo já faz publicidade.
O uso do craque como garoto-propaganda do Extra
não está "totalmente acertado", diz Enéas Pestana, presidente do Pão de Açúcar.
O trabalho de marketing
da agência não é ligado ao
do ex-jogador em propagandas. "São duas coisas separadas, eu cuido da minha
imagem e, quando o cliente
quer [aparição em propagandas], a gente negocia."
Fusões e aquisições batem recorde em maio
As operações de fusões e
aquisições no mercado brasileiro se aceleraram e bateram
recorde no mês passado, segundo levantamento da consultoria PwC.
Em maio, foram 71 transações, o maior número para o
mês na história e também o
maior volume mensal registrado neste ano.
A tendência é de aceleração no segundo semestre
deste ano, puxada pelo apetite maior dos investidores estrangeiros.
"As operações deste ano
devem superar o recorde do
ano passado [foram 796 transações]", diz Alexandre Pierantoni, sócio da área de fusões e aquisições da PwC.
A participação do capital
estrangeiro, que está em
40% das operações, pode
atingir 60% em 12 ou 18 meses, prevê Pierantoni.
"O interesse é grande tanto pelos investidores estratégicos como pelos fundos de
"private equity". É um alinhamento do que já vemos nos
mercados de capitais", de
acordo com o sócio.
No acumulado de janeiro a
maio deste ano, foram registradas 308 transações, ante
318 no mesmo período do
ano passado.
O setor que apresenta o
maior volume neste ano é o
de tecnologia da informação,
com 37 operações, o que representa 12% do total.
Alimentos e bancos atingiram 29 negócios cada um.
Os segmentos ligados a
consumo, serviços e varejo
também apresentam alta
atratividade de investimento, segundo a PwC.
SANEAMENTO
A Foz do Brasil, empresa
de engenharia ambiental da
Odebrecht, conseguiu aval
do Tribunal de Contas do Rio
Grande do Sul para fazer os
serviços de água e esgoto no
município de Uruguaiana.
O contrato prevê investimentos de cerca de R$ 170
milhões para universalização dos serviços nos próximos cinco anos.
A companhia realiza obras
semelhantes em outras 17 cidades de seis Estados brasileiros e investiu cerca de
R$ 4 bilhões em saneamento
desde 2008.
BAGAGEM CHEIA
O fim das sacolas de plástico em algumas cidades brasileiras aumentou a concorrência no mercado de carrinhos de compras.
A espanhola Rolser passou a vender para redes de
varejo e já recebeu duas encomendas de 200 peças.
A Brametex espera terminar com o estoque do produto em até seis meses, que custa a partir de R$ 35. A empresa, porém, não pretende importar mais devido ao preço
das peças trazidas da China e
à competição do setor.
"Para fugir da tributação,
há importadores que mudaram a classificação do produto. É negócio saturado, que
não é mais benéfico para
nós", diz o diretor da companhia, Daniel Rubinsztejn.
Pequenas... A Ceratti prevê um crescimento de 28% nas
vendas de presuntos crus espanhóis no Brasil neste ano. A
linha de Jamones Segovia representa 8% do faturamento
da empresa.
...em expansão A Elegance, de roupas íntimas femininas, investirá R$ 2 milhões para aumentar a capacidade de sua fábrica, de 100 mil
peças ao mês para 250 mil.
Concorrência
barateia em 15% ligação
de celular
Falar no celular está mais
barato. O preço médio pago
pelo usuário no país caiu
15,4% no primeiro trimestre
deste ano na comparação
com o mesmo período de
2010, segundo levantamento
da consultoria Teleco.
Em média, o brasileiro pagou R$ 0,22 por minuto neste
ano. Os preços incluem impostos e são calculados pela
receita média por usuário e
pelos minutos de uso.
"As operadoras estão fazendo promoções cada vez
mais agressivas para conquistar mais clientes", afirma Eduardo Tude, presidente da consultoria.
As operadoras de telefonia
celular Claro e TIM travam
uma luta acirrada pelo segundo lugar em participação
de mercado.
No primeiro trimestre, a
Claro fechou com 25,39% e a
TIM, com 25,11%. A Vivo liderou, com 29,48%.
"A disputa está muito mais
forte, o que leva ao aumento
da oferta de promoções."
Reflexo desse movimento
é o crescimento do número
de aparelhos celulares com
dois ou mais chips.
Apesar da queda de preço,
a receita das operadoras tem
crescido. "Os usuários falam
mais e a base de clientes também aumenta", diz Tude.
com JOANA CUNHA, ALESSANDRA KIANEK, VITOR SION e LUCIANA DYNIEWICZ
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